sexta-feira

Obstetras americanos aprovam nova definição de hora certa para o parto

Especialistas do Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas dividiram o conceito “a termo” usado para bebês a partir da 37ª semana

Durante a gravidez, você, certamente, ouviu seu obstetra dizer que, se o bebê nascer a partir da 37ª semana, ele já seria considerado termo, ou seja, não seria mais prematuro e, portanto, poderia nascer a qualquer momento sem prejuízos para a saúde e para o desenvolvimento da criança.

No entanto, médicos do Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas decidiram dividir o conceito de termo por semanas. “Cada vez mais tem sido comprovado em estudos que os resultados dos recém-nascidos não são uniformes entre 37 e 42 semanas de gravidez”, disse, em nota, Jeffrey Ecker, presidente do Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas.

Essas últimas semanas são de extrema importância para o desenvolvimento físico e mental das crianças. Pesquisas mostram que bebês nascidos na 37ª semana têm um risco maior de ter doenças respiratórias e hipoglicemia. Para melhorar esses resultados e garantir que os bebês nasçam com mais semanas de gestação, as novas categorias definidas são:

Termo precoce: Entre 37 semanas e 38 semanas e 6 dias
Termo completo: Entre 39 semanas e 40 semanas e 6 dias
Termo tardio: Entre 41 semanas e 41 semanas e 6 dias
Pós-termo: A partir de 42 semanas


De acordo com o obstetra Abner Lobão, coordenador do Pré-natal Personalizado da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), essa divisão é importante para diminuir o número de partos cesáreas marcados com antecedência para as 37 semanas de gestação. “Isso é muito preocupante porque estas contas não são muito “matemáticas” e, ao trabalhar no limite da maturidade, o risco é de ter um bebê realmente prematuro em mãos (menos que 37 semanas), com todos os riscos associados, especialmente o respiratório, é maior. Isso vai ajudar também na hora de pesquisar e publicar resultados de estudos científicos separando cada fase para um melhor entendimento do leitor”, diz o especialista.

Fonte: revista Crescer

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