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Sacolas plásticas x sacos de lixo: qual é a melhor opção?

Trocar as sacolas plásticas (aquelas do supermercado!) por sacos próprios para lixo tem vantagens para o meio ambiente


Já faz algum tempo que as sacolas plásticas foram colocadas no grupo dos grandes vilões do mundo moderno. Logo que surgiram, só se pensava na praticidade para carregar as compras. Mas depois dos alertas de ambientalistas sobre o impacto no meio ambiente não há como fechar os olhos e os ouvidos para a necessidade de diminuir a quantidade delas que cada um de nós joga literalmente fora: uma sacola plástica leva entre 100 e 400 anos para se decompor.

Isso significa que não só seus filhos e netos como muitas gerações de descendentes seus ainda conviverão com aquela sua compra do domingo passado no mercado que foi parar no aterro sanitário. Claro que a grande maioria das pessoas reutiliza as sacolas para colocar o lixo do banheiro e da cozinha. E quando deixa de usar os saquinhos que o supermercado dá de graça para comprar sacos próprios para lixo pergunta: o resultado para o meio ambiente não acaba sendo o mesmo?

Não é. Quem explica é Gerardo Kuntschik, professor do curso de Gestão Ambiental da Universidade de São Paulo (USP): “os sacos para lixo comprados em supermercado são especificamente para esta finalidade. Eles podem ser feitos com uma mistura de material reciclado, usando outros tipos de plástico e até mesmo outras sacolas. Já os de supermercado não, pois como receberão alimentos precisam, por norma, serem feitos com matéria-prima 100% virgem”. Isso por si só torna os sacos de lixo mais adequados e menos danosos.

Além disso, os sacos de compras têm menor resistência. Para carregar uma garrafa de leite ou um saco de arroz não importa que ele tenha um pequeno furo, já para o lixo doméstico, que contém líquidos, não dá certo. Aí o risco é você usar dois sacos em vez de um só. Também é preciso levar em conta que se você utilizar os sacos de grande capacidade pode juntar mais lixo nele em vez de várias sacolinhas de supermercado.

Quanto às sacolas oxibiodegradáveis, elas se decompõem mesmo mais rápido, mas ainda não é fácil encontrá-las. Em outros países já existem também opções feitas de amido de milho, superecológicas, mas caras para serem produzidas. Há outras atitudes, como substituir sacos plásticos por sacos de jornal, mas o melhor mesmo, explica o professor, é reavaliar toda a sua produção de lixo. “Em vez de pensar só na sacolinha, é preciso avaliar o que estamos descartando. Reciclar o que é possível, reutilizar o que pode ganhar uma nova finalidade.” Assim você vai precisar de bem menos sacos, saquinhos ou sacolas para usar na sua casa.

Fonte: Revista Crescer

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