quarta-feira

Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas reavalia necessidade de intervenções durante o parto


O Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas lançou novas diretrizes incentivando médicos e outros profissionais do nascimento a reexaminarem a necessidade de diversas intervenções que podem não trazer benefícios reais ao parto em gestações de baixo risco. Para alguns especialistas, a mudança de perspectiva tem como objetivo diminuir o percentual de cesarianas nos Estados Unidos, que gira em torno de 32%. Além disso, com as orientações, o órgão reconhece que, dependendo do caso, alguns procedimentos podem apenas interferir em um processo natural, em vez de ajudar.

“Esse parecer do comitê é o primeiro, que eu saiba, que aborda especificamente as pacientes de baixo risco. Ele deixa claro que, algumas vezes, apenas esperar é o apropriado. O fato de termos a tecnologia, não significa que deva ser usada em toda paciente”, disse Jeffrey L. Ecker, chefe do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital Geral de Massachussetts,  ao The Huffington Post.

O que muda

Uma das novas diretrizes do órgão diz que a mulher, junto com o seu médico, pode decidir adiar a admissão hospitalar até ter de cinco a seis centímetros de dilatação, desde que ela e o bebê estejam bem e de que haja contato regular com o médico.

Outra orientação aconselha o monitoramento intermitente da frequência cardíaca fetal, em vez do monitoramento contínuo rotineiro. Isso porque o segundo exige que a gestante fique conectada a uma máquina durante todo o trabalho de parto, o que pode restringir a mobilidade daquelas que necessitam se movimentar.

Por fim, a nova declaração apoia o uso de técnicas não farmacológicas para a redução da dor, a exemplo de massagem e tempo de imersão na água no início do trabalho de parto, além de ressaltar a necessidade de cuidado emocional contínuo, o que, frequentemente, é fornecido pelas doulas.

Fonte: revista Crescer

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