terça-feira

Dicas para lidar com os dois aninhos



Saiba mais sobre essa fase de transição e descubra qual o comportamento ideal para encará-la com mais tranquilidade
Era um bebê tranquilo e que topava tudo, até que um belo dia acorda relutante para fazer algo de que sempre gostou, implica com a roupa, com o brinquedo ou com a comida e, se contrariado, manifesta com birra ou crise de choro. O que é essa mudança de comportamento? Os especialistas chamam de primeira adolescência, também conhecida pela expressão terrible two (terríveis dois anos), e percebem que, apesar do nome, a fase pode surgir entre um ano e meio e três anos de idade. É o período em que a criança começa a se comportar de modo opositivo à vontade dos pais e acha graça em dizer “não” para tudo.  A terapeuta infantil Maíra Scombatti explica: “é um período bem evidente de transformações, conquistas e, claro, muitos aprendizados”.

Um ser cheio de vontades

A razão do novo comportamento está associada à percepção de que é um indivíduo e de que pode apresentar suas vontades. Ou seja, apesar de parecer terrível, a fase é muito importante para o desenvolvimento da criança, pois ela se reconhece como um ser único e aprende a mostrar seus sentimentos. Então, se não deseja, por exemplo, trocar de roupa, guardar um brinquedo ou comer algo (mesmo que tenha acabado de pedir), deixará bem claro. A questão é que, como ainda não domina totalmente a fala e nem sabe administrar emoções, a criança se expressa por meios não muito agradáveis, como chorar, espernear, debater-se, atirar algo que tem à mão ou berrar. “As transgressões e os confrontos desta fase fazem parte da busca por autonomia”, comenta Maíra.

Como agir

A palavra-chave é compreensão. A principal dica é acolher e compreender a criança. Entender que ela não está agindo assim para irritar os adultos e perceber como ela está, inconscientemente, buscando formas de aprender a tomar decisões para um dia ser uma pessoa independente. “A intensidade depende do comportamento de cada criança, mas, de alguma forma, todas vivenciam momentos de rebeldia.”

Na hora da birra, o adulto precisa manter a calma, não usar nenhum tipo de violência e deixar para conversar quando a crise passar. Uma boa estratégia é chamar a atenção para outra coisa, pois nesta idade os pequenos dispersam rapidamente. Por exemplo, se seu filho está chorando porque seu brinquedo desmontou, oferecer outros objetos de que ele gosta podem aliviar sua angústia.  Muitas vezes é o próprio tempo que resolve a situação. Então, se a criança se desesperou quando a mãe tentou levá-la para o banho, a dica é apenas abraçar, acolher e, depois de um tempo, experimentar tentar de novo. Pode ser que a reação seja completamente diferente e, no final, ambas respirem aliviadas por terem aprendido mais uma lição juntas!


Fonte: mamae-e-bebe.bebe.abril.com.br

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