terça-feira

Está tentando engravidar? Saiba o que fazer - ou não - durante o período

Homens devem ter atenção ao calor!
Por Renata Demôro


Você parou de tomar pílula anticoncepcional há um mês e está ansiosa porque ainda não engravidou? Talvez esteja na hora de diminuir os drinques no fim de semana e abandonar o cigarro. De acordo com Maria Cecília Erthal, especialista em reprodução humana e diretora médica do Vida, centro de fertilidade da Rede D’Or, “álcool e tabagismo podem provocar alterações na ovulação e produção de espermatozoides”. Mas há outros fatores que influenciam as tentativas de engravidar. Conheça-os.

Tempo
De acordo com o ginecologista Eduardo Schor, diretor científico da clínica de reprodução assistida GERA, “cerca de 60 a 70% dos casais conseguem engravidar após seis meses de tentativas sem o uso de métodos contraceptivos. Após 12 meses seguidos de tentativas, o quadro é chamado de infertilidade conjugal e é preciso procurar um especialista para avaliar as causas e o melhor tratamento para o problema”. Para casais com mais de 35 anos, ele recomenda procurar um especialista caso não consigam engravidar dentro de seis meses. 

Pílula anticoncepcional
Se você parou de tomar a pílula anticoncepcional hoje, tenha paciência. “Após a suspensão do uso da pílula, é normal que os ovários passem por um período de readaptação, que em geral, dura três meses. Se o casal não apresentar problemas de fertilidade, deverá engravidar até, no máximo, um ano após a suspensão deste método contraceptivo”, diz a ginecologista Maria Cecília Erthal. Segundo Eduardo Schor, este é o prazo considerado normal para conseguir engravidar, mesmo que a mulher tenha feito uso de pílula anticoncepcional durante anos seguidos.

É normal
Segundo a ginecologista Maria Cecília Erthal, “um casal saudável, sem problemas de fertilidade, e que mantenha relações sexuais no período fértil tem entre 13% e 15% de chances de engravidar por mês. É exatamente por esse motivo que os médicos consideram normal levar até um ano para que o casal consiga gerar uma criança”.

Doenças
De acordo com Eduardo Schor, a endometriose é uma das principais causas de infertilidade entre as mulheres. “Ovários policísticos e infecções pélvicas também são queixas comuns àquelas que não conseguem gerar um filho dentro de um ano seguido de tentativas. Entre os homens, a principal causa de diminuição do potencial de fertilidade é a dilatação das veias que drenam o sangue dos testículos, uma doença chamada de varicocele”, explica o médico.

Adiamento da gravidez
Para o ginecologista Eduardo Schor, o principal fator associado ao aumento das taxas de infertilidade atualmente é adiar a gravidez para depois dos 35 anos. Segundo Maria Cecília Erthal, “após essa idade a reserva dos óvulos saudáveis diminui muito e as chances de gravidez também. Para aquelas mulheres que sabem de antemão que vão postergar a gravidez, recomendo o congelamento dos óvulos para preservar e garantir a qualidade dessas células, que serão utilizadas no momento que for mais adequado para a mulher”.

Estresse
Ficar tranquila é uma das principais recomendações para conseguir engravidar. “O estresse atua sobre o sistema límbico, que é um dos responsáveis pela produção hormonal das mulheres. Neste caso, a ansiedade pode fazer com que a mulher fique sem ovular, impedindo a gravidez”, explica a médica Maria Cecília Erthal.

Tratamento
Caso seja diagnosticada a infertilidade do casal, os seguintes tratamentos pode ser empregados: “Podemos induzir a ovulação e propor que o casal mantenha relações sexuais em seguida. Também é possível fazer uma inseminação artificial, onde são separados os espermatozoides com mais chances de fecundar o óvulo e a fertilização in vitro, quando o processo é feito em laboratório e os embriões resultantes são transferidos para o útero da mulher”, orienta Maria Cecília Erthal.

Homens, atenção ao calor!
“Para que produzam espermatozoides em boa quantidade e qualidade, os testículos devem estar a temperatura ambiente. Usar cuecas e calças muito apertadas ou manter o notebook sobre o colo por muito tempo pode aquecer a região, diminuindo a qualidade dos espermatozoides”, ressalta o ginecologista Eduardo Schor.


Fonte: http://gnt.globo.com/maes-e-filhos

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