segunda-feira

Especialistas explicam por que é melhor engravidar até os 35 anos

Envelhecimento dos óvulos é mais avançado a partir dos 35
Por Bruna Capistrano


Foto: Getty Images
Se você já passou dos 30 anos e ainda pensa - cogita ou sonha com a possibilidade - de ser mãe, ainda dá tempo de engravidar com qualidade. De acordo com o ginecologista e obstetra Heron Werner, da Clínica de Diagnóstico por Imagem, o período ideal para a mulher engravidar é entre os 20 e 30 anos. No entanto, é a partir dos 35 anos que os óvulos já estão em um processo avançado de envelhecimento, acendendo a luz amarela para mãe, bebê e médico.

Casais sem filhos com vida social ativa ou a mulher solteira que ainda quer ter filho deve continuar a levar uma vida normal, mas programando a chegada da criança. "Esse casal tem que ter consciência de que a vida vai mudar, se preparar para a realidade. Levar uma criança para um barzinho com a desculpa de que a criança tem que se acostumar? Não é bem assim. A mulher não precisa deixar a vida social de lado ao se preparar para a gravidez, nem se abster de consumir álcool antes e depois da gravidez, mas é bom que se faça com restrição, justifica Heron.

Para o obstetra especialista em reprodução humana da Pró Nascer João Ricardo Auler, "o ideal é engravidar até os 34": "E se a mulher tem uma vida sexual ativa sem uso de preservativos e não consegue engravidar no prazo de um ano é motivo para procurar um médico, pois quanto mais o tempo passa, mais difícil é a fertilização.". Isso porque os óvulos, assim como uma célula como outra qualquer, vai envelhecendo e perdendo sua funcionalidade. Neste caso, a função reprodutiva é comprometida qualitativamente", diz João Ricardo Auler, lembrando que a média da falência dos óvulos da mulher brasileira é aos 44 anos.


Planejar a gravidez é a melhor opção
A qualidade do óvulo começa a cair a partir dos 35 anos, o que significa que a fertilização é menor a partir dessa idade. "Em contrapartida, a dificuldade de engravidar aumenta e há maior incidência de patologias associadas à gravidez, como hipertensão e diabetes. A miomatose uterina e endometriose, comuns a partir dessa idade, atrapalham a implantação do embrião. No caso da endometriose, 30% das mulheres com esse diagnóstico têm infertilidade associada", explica o médico.

A reboque, há um índice maior de prematuridade e aborto espontâneo em gestantes acima dos 35 anos, assim como uma restrição do crescimento do feto. "Quanto mais idade tem a mãe, menor é o crescimento do feto. Por isso há um número mais alto a partir dessa faixa etária de doenças genéticas. A mais comum é a Síndrome de Down", ressalta Heron. Segundo ele, pesquisas mostram que o potencial de uma mulher gerar uma criança com a síndrome, aos 20 anos, é de uma em 1.500. "Aos 35 anos, é de uma para 250, enquanto aos 40, é de uma em 100. Ela pode ser uma mulher saudável, mas a partir dos 35 anos o óvulo é mais envelhecido e o comportamento dessa célula não é igual a quando ela era mais jovem", reforça Heron Werner.

Nos dias atuais a mulher tem muito mais suporte para ter uma gravidez a partir dos 35, o que facilita a vida de quem é focada no trabalho e opta por ter um filho ao atingir a maturidade financeira, pessoal e profissional. "Na minha opinião, a mulher pode ter a opção de engravidar entre 35 e 40 anos, mas deve ter alguns cuidados extras, como começar o pré-natal cerca de seis meses antes de engravidar, fazer exames e tomar ácido fólico", finaliza Heron Werner, da Clínica de Diagnóstico por Imagem.


Fonte: http://gnt.globo.com/maes-e-filhos

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