sexta-feira

7 maneiras de lidar com a birra

Super Funcionou Comigo (Foto: Guto Seixas / Editora Globo)
"Meu filho faz aquela birra clássica, de se jogar no chão, quebrar brinquedos...Não sei como agir". A dúvida foi enviada pela leitora Thatielly Silva, mãe de Davi, 3 anos, mas poderia ser de qualquer outro pai ou mãe, com criança dessa faixa etária. É comum que os pequenos tenham esses rompantes de comportamento, tanto em casa, quanto em locais públicos, como shoppings e supermercados. Reunimos aqui soluções enviadas por seis mães e conversamos também com uma especialista, para entender qual é a melhor forma de lidar com essas situações:

1. Sem vergonha
Não ceder e não se importar de passar vergonha! O meu mais novo adorava fazer dessas em público. Passei alguns vexames e não cedi. Tudo ocorreu mais rápido do que eu esperava.
Flávia Schneider, mãe de Isadora, 10 anos, e Pedro, 6


2. Mais atenção
Primeiro tirava a Olívia do lugar, explicava porque aquilo estava errado e dizia que, se ela não parasse, ficaria de castigo quando chegássemos em casa. E assim fazia. Quando acalmava, eu conversava de novo, ela pedia desculpas, eu a abraçava e dizia que a amava. Além dessa atitude na "hora da crise", passei a dedicar mais tempo para ela.
Lígia Bazzoti, mãe de Olívia, 3 anos e 4 meses

3. A frustração
Quando ela se jogava no chão, em casa, eu dava um tempo para se acalmar. Depois, eu voltava e dizia: "Está tudo bem, precisamos aprender a lidar com a frustração, essa emoção que você não sabe o que faz".
Júlia Monteiro, mãe de Alice, 6 anos

4. Como eu
Sempre digo: "Quando eu tinha sua idade, aconteceu algo parecido comigo. Foi assim... Eu entendo você, é muito chato. Mas você pode conversar comigo e não chorar desse jeito". Quando digo que entendo porque passei por isso, eles se acalmam.
Daniela Campos, mãe de Rafael, 6 anos, e Theo, 3

5. Motivos reais
O que funcionou foi entender que esse comportamento é desencadeado por fome, cansaço ou sono. Por isso, sempre observo a hora de sair para não levar meu filho à exaustão. A criança tem um limite (assim como os adultos) e observar esse timing é crucial.
Michele Rodrigues, mãe de Pedro, 6 anos

6. Para o lixo
Minha filha quebrou um brinquedo uma vez numa crise de birra. Até tinha conserto, mas eu a fiz pegar e jogar no lixo. Fechei o saco na frente dela e coloquei para fora. Nunca mais aconteceu.
Claudia Rossi, mãe de Melina, 3 anos

7. O QUE DIZ A ESPECIALISTA
Na hora da birra, a criança não vê, não escuta e não se controla. O melhor nesses momentos é ignorar, mesmo que esteja em ambiente público (leve para um canto e espere pacientemente o show terminar). No caso de agressão física, apenas a contenha para não se machucar. Se já sabe que o seu filho joga o que vê, antecipe-se e tire tudo da frente dele na hora do ataque. Somente depois que ele se acalmar, retome o ocorrido e mostre o quanto os pais estão bravos ou tristes. Nessa idade, a consequência do ato deve ser imediata, não adianta dizer que vai ficar sem TV quando chegar em casa, pois até lá vai esquecer do ocorrido. Chorou porque queria o sorvete naquela hora e não teve paciência de chegar até a sorveteria? Fica então sem o doce. Mas é preciso cumprir o que falou. A família deve ter cuidado para não ceder ao chororô para que a criança pare de chorar ou gritar. À medida que a linguagem vai se tornando mais efetiva, ela já consegue expressar verbalmente as suas frustrações sem recorrer mais às birras para demonstrar seu descontentamento frente a uma negativa dos pais
Deborah Moss, neuropsicóloga certificada pelo International Maternity and Parenting Institute (Canadá)

Fonte: Revista Crescer

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