sexta-feira

Tapetes e cortinas no quarto das crianças: ter ou não ter?


Ao decorar o quarto do seu filho, lembre-se de um detalhe fundamental: praticidade. “Vale lembrar que tudo o que está ali deverá ser limpo frequentemente. Por isso, nem sempre o que fica mais bonito na fotografia é o mais indicado”, explica o alergista José Carlos Perini, presidente da Asssociação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (Asbai). A regra vale também, claro, para cortinas e tapetes.

Além de dar preferência para itens que sejam facilmente higienizados, outro ponto é evitar materiais propensos a reter umidade, o que favorece o surgimento de alergias. “Elas dependem de dois fatores para se manifestar: genética e oportunidade. Dificilmente, no entanto, aparecem antes do primeiro ano de vida. Então, nessa fase, as ações são apenas preventivas”, afirma Perini. Mas os cuidados com a higiene, ele ressalta, valem para a vida toda, seja para prevenir ou remediar alergias e outros tipos de doenças, como viroses. 

E, por último, mas não menos importante, atenção à segurança. “Os riscos mais comuns, além das alergias, são quedas e sufocação (por aspiração de adereços ou de pequenos objetos que fiquem presos ali), no caso dos tapetes”, alerta a pediatra Luci Yara Pfeiffer, do departamento de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Já em relação às cortinas, o perigo são os puxadores. “Como as crianças gostam de se enrolar e se esconder nas cortinas, podem se enforcar nos cordões ou, ainda, removê-las da parede”, diz a especialista. Por isso, puxadores e reguladores (de persianas) devem ser altos e as cortinas, bem fixadas à parede. Veja mais dicas para facilitar essa escolha.

Cortinas

Persianas (romana ou rolo) são boas opções para quartos infantis, tanto de PVC quanto de madeira, já que acumulam menos poeira. Se preferir cortinas, que dão um toque mais acolhedor ao ambiente, as de voal (mais finas e transparentes), de tecidos sintéticos ou emborrachadas são as mais indicadas pela funcionalidade. A arquiteta e designer de interiores Flávia Sá recomenda linho sintético, que imita a fribra natural. “Dá para lavar na máquina e não precisa passar, pois dificilmente amassa”, explica. Independentemente do modelo escolhido, evite colocá-la próxima ao berço. Além de reter poeira, o bebê pode puxá-la e se machucar.

Tapetes

No quarto do bebê, deve ser evitado, especialmente no primeiro ano de vida. “Não se recomenda porque facilita o acúmulo de poeira, ácaros e fungos”, diz a pediatra Luci, da SBP. Em locais muito frios, uma alternativa são os pisos vinílicos (PVC) e os laminados, que são fáceis de limpar e mantêm a temperatura do ambiente.

Mas, se não quiser abrir mão, escolha versões pequenas e anti-derrapantes. “Geralmente, coloco um em frente à poltrona de amamentação ou ao berço, só para dar uma cor”, diz a arquiteta Flávia. Nesse caso, já que a função é apenas estética, ela recomenda os de tecido. “Dá para tirar o pó acumulado, colocar ao sol ou passar aspirador diariamente, assim como lavar com frequência”, explica. Há também modelos emborrachados, específicos para brincar, de simples manutenção.

Com que frequência limpá-los?
A resposta vai depender do local onde você mora, em primeiro lugar. Áreas urbanas e poluídas, por exemplo, favorecem o acúmulo de poeira – nesse caso, indica-se que as superfícies sejam limpas diariamente. Fora da cidade, de uma a duas vezes por semana está de bom tamanho. Já a lavagem de cortinas e tapetes pode ser feita a cada quinze dias, de modo geral. Se o seu filho tiver alergia (como rinite e asma), no entanto, a higiene do quarto dele deverá ser mais frequente (todos os dias, preferencialmente) e rigorosa. Assim, o ideal é que as cortinas e persianas – já que tapetes são proibidos – sejam limpas pelo menos uma vez por semana.

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/

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