quinta-feira

Mais frutas no cardápio


Banana amassada, maçã raspadinha, mamão... Depois do leite materno, esses serão os primeiros alimentos que seu bebê vai experimentar. Pode ser que ele faça careta nas primeiras investidas, afinal, trata-se de sabores e texturas completamente novos. Mas há excelentes razões para insistir nas tentativas. A primeira delas é que as frutas são riquíssimas em vitaminas, minerais, fibras e as chamadas substâncias fitoquímicas, essenciais para as reações do metabolismo. Além disso, são fontes de energia e ajudam a prevenir ou atenuar doenças crônicas-- ao atuar no equilíbrio do colesterol, por exemplo, poupam o coração. Ao aumentar a imunidade, diminuem os episódios de infecção. E assim por diante. É motivo de sobra para integrarem a rotina alimentar desde cedo. O segundo argumento para não jogar a toalha diante da primeira careta é que é, sim, possível, vencer a resistência infantil:  só se pode considerar que uma criança não aceita determinado alimento depois de tê-lo ofertado, em média, 12 vezes!

Haja criatividade!
No esforço de encontrar maneiras diferentes de apresentar aquelas frutas para que seu filho torce o nariz, vale de tudo: picar em diferentes tamanhos e formatos (estrela, flor, figuras geométricas), incluir nas vitaminas ou em sucos, preparar em forma de picolé, montar espetinhos, oferecer na salada de frutas... Só não é bacana mascarar demais o sabor com acompanhamentos açucarados, a exemplo do leite condensado, do chocolate e do sorvete.

Garantir uma experiência sensorial completa é outra estratégia que aumenta a probabilidade de a criança pegar gosto por determinada fruta. Por isso, permita que ela a toque, cheire, amasse e se lambuze. Outra dica é oferecê-la isolada e, não, misturada com outras frutas. Assim, seu filho aprenderá a detectar os sabores originais, formando seu paladar e, de quebra, você saberá exatamente suas preferências.

Ele não come
Você fez sua parte, persistindo bravamente na oferta de uma fruta específica, mas a criança não a aceita de jeito nenhum. Tudo bem, é possível substituí-la por outra com uma composição nutricional semelhante. De modo geral, frutas da mesma cor são similares, como as vermelhas (amora, framboesa, morango, cereja, uva, melancia, caqui) e as amarelas (laranja, tangerina, caju, pera, banana, melão). Outra alternativa é fazer a troca por hortaliças ou legumes equivalentes. Ou seja, se o mamão não fez sucesso, a cenoura e a abóbora são, igualmente, boas fontes de vitamina A.

Já para o prato
Conheça, a seguir, o valor das frutas mais populares e a melhor época para comprá-las:

Banana: possui fibras, que favorecem o trânsito intestinal; zinco e ferro, que fortalecem a imunidade; potássio e magnésio, que participam das reações de contração muscular; cálcio, fundamental para a saúde óssea; vitaminas A, que contribui com a saúde dos olhos, C, aliada da imunidade, e as do complexo B, essenciais para o sangue e para o bom funcionamento do sistema nervoso. As bananas maçã e nanica são mais comuns no período de março a maio e a prata, de setembro a novembro.

Maçã: além de ter alto teor de fibras, leva, em sua composição, um antioxidante poderoso, a quercetina, que protege o sistema imunológico e tem ação anti-inflamatória.

A safra da fuji ocorre no segundo semestre do ano. Já a da gala, em fevereiro e março.

Uva: contém vitaminas como a C, as do complexo B e sais minerais, como ferro, cálcio e potássio. Mas seu forte é o resveratrol, um antioxidante que preserva os vasos sanguíneos, contribuindo com a saúde cardíaca. As uvas Itália e Niágara são mais facilmente encontradas entre dezembro e março.

Melancia: além de ter alto teor de fibras, oferece bastante líquido, auxiliando na hidratação. Também possui vitaminas A, C e do complexo B. É encontrada com mais qualidade de outubro a janeiro.

Morango: é fonte das vitaminas C, A, B5, B6 e E, que retarda o envelhecimento e protege contra doenças do coração. Tem alto teor de flavonoides, antioxidantes com ação anti-inflamatória e anticancerígena, entre outras funções.

Por ser uma fruta que absorve muito os agrotóxicos, prefira as opções orgânicas. A melhor época para levar para casa é de julho a setembro.

Mamão: é uma excelente fonte de vitamina A. Também apresenta a papaína, uma enzima que auxilia na digestão dos alimentos e na absorção de nutrientes pelo organismo. Prefira comprar entre setembro e novembro.

Abacate: dentre seus nutrientes, merecem destaque as gorduras insaturadas, que têm potencial anti-inflamatório.

A melhor época para comprá-lo é de fevereiro a junho.

Manga: Rica em fibras, também fornece as vitaminas A, C e E.

Os meses de sua safra são novembro e dezembro.

Fontes consultadas: Juliana Morais de Almeida, nutricionista do RENUTRA Consultoria em Nutrição e Qualidade de Vida, de Belo Horizonte (MG); e Tamyres Ribeiro, nutricionista especialista em nutrição materno-infantil, de Fortaleza (CE).
Revista Crescer

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