terça-feira

Placenta: por que ela é tão importante?

Saiba qual é a função desse órgão que vem junto com a gravidez


Embora tenha outros papéis, a principal função da placenta é realizar a comunicação entre o corpo da mãe e o feto, facilitando a troca de nutrientes para proteger e sustentar a gravidez. Além de filtrar o sangue da gestante, eliminando tudo o que é nocivo, ela transporta oxigênio, glicose, cálcio, água, entre outras substâncias, para o bebê. Já no caminho contrário, é ela quem retira o gás carbônico e outros dejetos, que são eliminados pelo organismo da mãe. É a placenta, ainda, que estimula outros hormônios da gestação, como o estrogênio, a progesterona e o lactogênio, fundamental para a produção de leite.

Com cerca de 500 gramas, o órgão é formado por duas faces: uma fica em contato com o útero materno, enquanto a outra é ligada ao bebê, pelo cordão umbilical. A placenta também controla o hormônio gonadotrofina coriônica, que só existe durante a gestação e é indispensável para fixar o embrião ao útero.

Problemas
- Insuficiência placentária
É uma má-formação que prejudica as trocas entre mãe e feto. Dessa forma, o bebê pode ter um crescimento restrito. No entanto, nem todo bebê pequeno é fruto de uma placenta mal formada. Isso também pode ser determinado pela genética. A hipertensão materna é a principal causa de insuficiência placentária, mas o tabagismo, o álcool e as drogas ilícitas também podem ser responsáveis.

- Placenta baixa ou prévia
O correto é que a placenta se forme no centro ou no fundo do útero, mas, em alguns casos, ela pode ficar na parte de baixo. A posição também pode influenciar no parto: caso a placenta esteja em frente ao bebê, existe o risco de descolamento, que pode provocar a morte da criança. Nesse caso, na maioria das vezes, os médicos recomendam a cesárea.

- Descolamento da placenta
Quando a placenta é formada no local correto, mas as ligações entre a placenta e o útero se rompem, dificultando o fluxo de nutrientes e oxigênio para o bebê. Conforme o descolamento, a solução é a cesárea de emergência. Se for parcial, é possível prosseguir a gestação até o bebê ter condições de sobreviver fora do útero.

- Placentite
Algumas doenças infecciosas da grávida, entre elas, a sífilis, a rubéola, a toxoplasmose e a herpes, podem determinar processos inflamatórios da placenta, chamado de placentite. Isso pode fazer com que seu tamanho e espessura aumentem.

Com toda sua carga de importância para a gravidez e por conta das diversas possibilidades de doenças que afetam o bebê, um pré-natal eficaz é fundamental para que sejam identificados os riscos. Previna-se!

Fontes: Dr. Reynaldo Augusto Machado Junior, ginecologista do Hospital Beneficência Portuguesa (SP) e Eduardo Cordioli, ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein (SP).

Revista Crescer

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