terça-feira

A chegada dos filhos pode melhorar o relacionamento com seu parceiro, sim!


Não é segredo que a chegada de um bebê muda completamente a vida dos pais. A rotina, sobretudo nos primeiros meses, fica totalmente voltada para as necessidades do pequeno. Seus planos para o futuro, seja próximo ou mais distante, passam a incluir uma criança, você tem (bem) menos horas de sono e os brinquedos entram como parte da decoração da sua sala.

Por essas e outras, a maternidade e a paternidade podem ensinar uma porção de lições: desde ser mais tolerante com os erros (os seus e os dos outros) até saber como pedir ajuda. No entanto, o aprendizado depende de como o casal lida com as dificuldades que aparecem pelo caminho. “A chegada dos filhos pode reforçar a relação ou ser sinal de afastamento, se o casal não estiver em sintonia. A chave é sempre dialogar e estar disposto a encontrar um consenso”, explica a terapeuta de família Ieda Dorfman, presidente da Associação Gaúcha de Terapia Familiar (Agatef).

Para isso, é preciso que os dois sintam vontade de colaborar, ceder, negociar, voltar atrás e planejar em conjunto. Assim, além de conseguirem se adaptar melhorar à nova vida em família, os pais também adquirem mais cumplicidade. “Eles poderão se unir mais como casal e ainda fornecer um modelo de relacionamento para a própria criança”, completa a terapeuta.

Por isso, aproveite as virtudes que a chegada de um bebê pode ajudar a desenvolver. Inspire-se!

Paciência – O bebê não para de chorar? Os mais velhos não param de brigar? Sim, nessas circunstâncias dá vontade de jogar tudo para o ar, sair andando e só voltar no dia seguinte. Mas não dá. Você precisa respirar fundo, manter a calma e ver o que pode ser feito na prática. Situações como essa ensinam a dar uma pausa (ainda que pequena) antes de comprar uma briga desnecessária com o seu parceiro e a manter a serenidade, mesmo nos momentos de mais nervosismo.

Tolerância - Seu filho nem sempre tem o comportamento, os gostos ou as vontades que você esperava e conviver com as diferenças não é tarefa das mais fáceis.  Agora, se nem o seu bebê, que tem metade dos seus genes, age ou pensa do mesmo jeito que você, por que exigir isso do seu parceiro? Aprendemos a viver melhor quando aceitamos que nem sempre as pessoas correspondem às nossas expectativas e que isso pode nos abrir um leque de possibilidades.

Humildade – Sim, uma hora você vai descobrir que precisa de ajuda. A combinação casa + trabalho + filhos demanda toda a assistência possível e, para não se sobrecarregar, não tem jeito: é preciso gritar socorro. Admitir que precisamos de uma mãozinha dá ao outro a possibilidade de se tornar útil e participar. 

Parceria – “Antes, um dos parceiros poderia resolver de uma maneira e o outro, de outra maneira, mas, agora, no que concerne à criança, eles terão de resolver juntos”, explica Ieda. Essa oportunidade pode contribuir para a sintonia do casal, que é obrigado a dialogar mais e mais até chegar a um consenso. A dica da psicóloga é pensar na parceria como se a família fosse uma empresa, em que todos trabalham com um objetivo, que é o bem comum.

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/

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