segunda-feira

Brincar é preciso

Durante a brincadeira, seu bebê aprende muitas coisas e desenvolve o corpo e o cérebro


Das primeiras tentativas de pegar objetos ao divertido jogo de esconder e aparecer, seu bebê aprende muito brincando. Afinal, quando ele nasce, seu cérebro ainda está em construção, montando toda uma biblioteca de informações – e nada melhor que fazer isso através das brincadeiras.

“Enquanto brinca a criança desenvolve a visão, a audição, o olfato, o tato, o paladar e aprende a lidar com sentimentos. Tudo isso forma muitas sinapses no cérebro”, explica Saada Ellovitch, neuropediatra do Hospital Samaritano (SP).

E não pense que a criança não entende o que está fazendo. Pelo contrário. “Até os dois anos, o bebê usa o brincar para entender o mundo”, diz a educadora Maria Ângela Barbato Carneiro, coordenadora do Núcleo de Estudos do Brincar da PUC-SP.

Nos primeiros meses de vida, os estímulos do ambiente é que vão ajudar nessa espécie de brincadeira. Você vai perceber os olhos do seu bebê se fixarem em você e começarem a acompanhar seus movimentos já por volta dos 2 meses. Que tal conversar, chegar bem pertinho e ver como, aos poucos, ele começa a dar risadas e a reconhecer seu rosto?

Com 4 meses, quando começam os movimentos voluntários com as mãos, que até conseguem pegar objetos a uma certa distância, você pode introduzir aqueles brinquedos molinhos, com texturas e barulhos suaves para seu bebê se divertir. Os tapetes de atividades também são um um ótimo estímulo nessa fase. Todos esses brinquedos ajudam a desenvolver a coordenação, os sentidos e o reflexo, além de treinar reações e preparar a criança para os próximos marcos do desenvolvimento, como sentar, engatinhar e andar.

A partir dos 9 meses, quando o bebê fica mais tempo sentado sem apoio, chega o momento de introduzir brinquedos diferentes. Os potes de tamanhos variados são um sucesso dessa fase até os 2 anos – você vai notar que a criança vai mudando o jeito de brincar com eles ao longo do tempo. Com pouco mais de 1 ano, desenvolve-se o brincar simbólico, fase em que seu filho vai criar histórias e imitar o que o adulto faz, como cuidar de bonecos, atender o telefone, cozinhar e imitar animais.

Para que a brincadeira seja ainda mais bem aproveitada, Saada dá uma dica: “é bom deixar o ambiente em que o bebê brinca ligeiramente organizado, não com um monte de opções espalhadas. A ideia de usar um brinquedo por vez também ajuda o cérebro a se organizar para assimilar melhor o que está sendo aprendido naquela atividade”.

Os pais também podem aproveitar, mas sem cobranças ou muitas expectativas. Acredite, eles aprendem sozinhos – e, ao brincar junto, você ainda tem a oportunidade de voltar a ser criança também.


Fonte: revistacrescer.globo.com

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