quinta-feira

Amamentar e trabalhar: é possível!


Saiba como manter a amamentação mesmo passando horas longe do bebê
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento exclusivo de 0 a 6 meses e, mesmo depois de iniciada a alimentação, o bebê pode continuar a receber leite materno até os 2 anos. Levando-se em conta que a licença-maternidade no Brasil atualmente é de 4 meses (embora órgãos públicos e algumas empresas privadas já adotem a de 6 meses), a conta não fecha, certo? Mas calma! Embora pareça um grande desafio, conciliar a vida profissional com a amamentação é possível! E vale a pena: criança que mama tem menos propensão a alergia e a doenças emocionais e desenvolve um sistema imunológico mais forte. Confira sete dicas para voltar ao trabalho sem prejudicar essa fase tão importante para seu filho.

1)   Fique por perto
Tente encurtar o tempo de separação entre você e o bebê. Não apenas porque ele sente fome, mas também para manter a produção de leite – que acontece pelo estímulo da sucção feita pelo bebê. Vale tentar combinar um horário de trabalho flexível ou, se a profissão permitir, fazer parte da jornada em casa. Se for possível, peça para alguém levar o bebê ao seu encontro para ser amamentado durante o dia. Vale lembrar que a mãe pode negociar a maneira como prefere fazer uso dos intervalos de amamentação determinados pela lei trabalhista (dois descansos de meia hora).

2)   Organize-se
Quem não tem direito à licença de 6 meses fatalmente precisará voltar ao trabalho na fase do aleitamento exclusivo, quando a criança ainda não come nem ingere líquidos. Se a mãe já sabe que vai passar por isso, a dica é começar a ordenhar leite materno 15 dias antes da data de retorno, para ter um estoque para o período inicial da ausência. Quando estiver longe, ela precisa fazer a extração do leite nos mesmos horários em que o bebê costumava mamar, para manter a regularidade na produção.

3)   Armazene o leite
Estocar leite materno é mais fácil do que parece. A mulher pode optar pela extração manual ou usar uma bomba extratora, que garante rapidez e conforto na ordenha. É importante se organizar e ter alguns cuidados, como levar para o trabalho uma conservadora térmica com potes de vidro esterilizados e encontrar um lugar tranquilo e privativo para fazer a coleta. Depois, basta conservar em geladeira até chegar em casa. O leite pode ficar congelado e ser oferecido ao bebê quando a mãe estiver fora.

4)   Aproveite o turno da noite
Depois de passar o dia fora, é fundamental que a mãe se dedique a estar com o bebê à noite. “O pico da produção do hormônio da prolactina, responsável pelo leite no corpo da mulher, acontece durante a noite, tornando favorável para mãe e bebê as mamadas nesse período”, explica Bianca Balassiano, consultora em amamentação. Pode ser que o bebê tente “compensar” a falta diurna que sente da mãe com essa proximidade noturna, mamando mais. Não há problema nisso, pois esse contato fortalece o vínculo e garante a continuidade do aleitamento.

5)   Eleja outros cuidadores
A mãe voltou a trabalhar, e agora o bebê precisa estabelecer vínculos afetivos com outros cuidadores. Esse processo é natural e gradativo e não deve ser motivo de angústia para a mulher. Estimule a pessoa a dar banho, alimentar e interagir com a criança. A família deve escolher uma creche ou um cuidador que apresente disponibilidade emocional para atender o bebê, oferecendo colo e aconchego nessa fase da separação.

6)   Intercale o leite com alimentos
Após os 6 meses, o bebê passará a comer, e assim fica mais tranquilo seguir com a amamentação. O esquema é fácil: a mãe dá de mamar quando está presente, normalmente pela manhã e à noite, e, em sua ausência, os alimentos são oferecidos ao bebê. O estoque de leite materno pode ser mantido, mas já não é essencial.

7)   Cuide-se
Com a dupla jornada, a mulher pode se sentir sobrecarregada e acabar exausta. Para evitar que isso aconteça, é  preciso delegar tarefas e reservar um tempo para descansar e relaxar. Quanto mais energia a mãe tem, maior sua disposição para continuar a amamentar.


Fontes:
Bianca Balassiano, consultora de amamentação e autora do portal www.possoamamentar.com.br

Cartilha Ministério da Saúde: Mãe que trabalha e amamenta

Fonte: http://mamae-e-bebe.bebe.abril.com.br/

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