segunda-feira

Cronograma da grávida: quando começar a pensar em parto, enxoval e decoração?

Saiba como se organizar durante a gestação para que tudo esteja pronto (sem atropelos) quando o bebê nascer



Para ajudar as gestantes nesse momento de tanta turbulência, a CRESCER preparou um cronograma com suas principais tarefas a serem cumpridas durante a espera pela criança. Fique calma: organizando-se corretamente, seu filho chegará ao mundo e encontrará um quarto arrumado, um guarda-roupa completo e uma família pronta para acolhê-lo!

Descubra quando é hora de ...

Dar a notícia de que está grávida:  O primeiro trimestre é o mais crítico da gestação: podem ocorrer malformações do embrião, deficiências hormonais e outros problemas que são fatores de risco para o feto. Portanto, nesse período, só conte que está grávida a quem amar muito.  Você evita que, diante de um eventual aborto espontâneo, todos os seus conhecidos fiquem fazendo perguntas e tocando no assunto.  Depois dessa fase, é  hora de dar a notícia a todos! É importante comunicar seu chefe, para que a empresa possa organizar, com antecedência, uma forma de substituir você durante a licença-maternidade. E mais: caso precise faltar por intercorrências da gravidez, ele será paciente e entenderá sua necessidade.

Conversar com o médico sobre parto e anestesia: Desde a primeira consulta de pré-natal, conte ao obstetra quais são seus planos para o dia do nascimento da criança. Se você optar por tentar o parto normal, já compartilhe esse desejo com o especialista: alguns se manifestam contrários e preferem a cesárea. Se você souber disso no início da gestação, ainda há tempo de procurar outro médico. Mas entenda desde o começo que, mesmo seguindo as orientações do obstetra, imprevistos podem impedir que sua vontade seja respeitada.

Quanto à anestesia, é normal que você mude de ideia com o passar do tempo. Algumas mulheres almejam um parto sem essa intervenção, mas, no momento do nascimento, pedem para receber o medicamento. Por isso,, é importante se informar a respeito do assunto. “Conversar com o anestesista até a 26ª semana é aconselhável. O especialista poderá tirar todas as dúvidas da gestante e explicar, por exemplo, que a anestesia no parto normal é uma analgesia, que não tira a capacidade da mulher de se movimentar”, esclarece Luciana Taliberti, obstetra e ginecologista do Hospital Samaritano (SP). Quem escolhe o profissional, em geral, é o próprio obstetra.

Decidir sobre o armazenamento de células-tronco: Esse assunto costuma suscitar muitas dúvidas. É importante que o casal converse com o obstetra e peça explicações sobre as vantagens e desvantagens do congelamento do cordão umbilical. Até a 34ª semana, tome a decisão se desejará ou não armazenar as células-tronco do bebê – elas são unidades regenerativas, capazes de originar diversos tecidos do corpo humano e, em alguns casos, de auxiliar no tratamento de doenças futuras. O procedimento ocorre na sala de parto. No caso de optar pelo serviço particular, você precisará de antecedência suficiente para escolher uma empresa de congelamento, assinar o contrato e receber o kit de coleta das células. Nem todos os hospitais oferecem esse serviço, portanto, informe-se.

Escolher a maternidade: No dia do parto, você deseja ser bem atendida, certo? Por isso, eleja a maternidade com cautela. Muitas oferecem visitas guiadas para mostrar à gestante, com antecedência, como são os quartos e o centro obstétrico. Você entenderá qual a dinâmica do local e perceberá se fica à vontade. Também é válido ouvir as recomendações do obstetra – pode ser que ele tenha alguma indicação de maternidade em que confie. Verifique a questão geográfica e leve em conta se você e o médico têm condições de se transportar ao estabelecimento com rapidez, mesmo em condições de tráfego intenso. Outro cuidado necessário é contatar o convênio, já que alguns exigem uma autorização prévia para a internação. Considerando todos esses fatores, tome a decisão até a 26ª semana, porque após esse período já há a possibilidade de um parto prematuro. Informe o obstetra e fique tranquila – ele se encarregará de entrar em contato com a maternidade.

Fazer curso de gestante: Faz mais sentido escolher a mesma maternidade em que você terá seu bebê, já que são transmitidas informações sobre o que fazer no momento da internação. Além disso, será mais uma forma de aproximação, na qual você ganhará intimidade com o local. Portanto, só inicie o curso após ter elegido o hospital onde o parto ocorrerá – após a 26ª semana.

Comprar o enxoval do bebê: A obstetra Taliberti recomenda que a grávida comece a montar o enxoval após o primeiro trimestre, para não correr o risco de montar o guarda-roupa do bebê e sofrer um aborto espontâneo. Depois disso, hora de caminhar pelos shoppings e ruas! “O ideal é fazer as compras até a 26ª semana. Nesse intervalo, a barriga não estará tão grande”, aconselha a especialista.

Caso deseje viajar para o exterior e montar o enxoval lá, também respeite esse prazo. A personal gestante Priscila Goldenberg, que vive em Miami (EUA), dá uma dica. “Espere saber o sexo do bebê para vir aos Estados Unidos. Aqui, as lojas são muito setorizadas entre roupas para menino e para menina. É difícil encontrar peças neutras”, conta. Portanto, comece a pensar em providenciar passagem e hospedagem após o primeiro trimestre, de modo que esteja tudo pronto para embarcar entre o 4º e o 6º mês. Em geral, nesse período, você já saberá o sexo do bebê. É possível descobri-lo no ultrassom morfológico do primeiro trimestre, entre a 11ª e a 14ª semana de gestação. Se fizer o exame na 16ª semana, a probabilidade de acerto é maior. Para as mulheres que precisam da resposta antes disso, um exame de sexagem fetal, por meio de uma amostra de sangue, pode ser feito a partir da 8ª semana.

Viajando ou não, faça uma lista com todos os itens que precisam ser comprados, para não se perder.  Priscila sugere que você pense em cada cômodo da casa: que itens são necessários para o bebê no banheiro, na cozinha, na sala e no quarto? Quanto ao tamanho das roupas, analise sua condição financeira. Se for fazer as compras no exterior, compensa adquirir produtos para o bebê até que ele complete 1 ano – já que você gastou dinheiro com passagens e hospedagem. “Mais do que isso, é bobagem. A mãe ficará enjoada de ver todas as peças da mesma coleção por tanto tempo. Sem contar que há um espaço restrito na bagagem de volta”, explica Paula Laffront, personal gestante. Caso permaneça na sua cidade, pode se concentrar nos itens que o bebê precisará durante os 3 primeiros meses de vida.

Comprar lembrancinhas e enfeite de porta: A antecedência para cumprir essa tarefa depende de quais itens serão escolhidos. Caso eleja uma lembrancinha que seja comprada pronta, como chocolate, você pode deixar para a fase final da gestação. Mas comece a pensar a partir do 5º mês e esteja com tudo pronto até o 7º. Consulte quantas unidades estão disponíveis e qual o tempo necessário para entrega – principalmente se for uma encomenda personalizada.

Comprar as suas roupas de grávida: Essa é uma questão que varia bastante entre as mulheres. Algumas conseguem adaptar o guarda-roupa original. Mas, se você perceber que precisará de novas peças, faça as compras aos poucos. É difícil imaginar como estará seu corpo em cada etapa da gestação – entre 5 meses e meio e 9 meses, as modificações variam. Se quiser comprar sutiãs novos, espere o 8º mês, quando já terá uma noção mais real do tamanho de seus seios.

Para as grávidas que forem viajar, pode valer a pena comprar vestimentas no exterior. Algumas lojas disponibilizam barrigas falsas para que você experimente as roupas e veja se caem bem.

Arrumar a mala da maternidade: Entre a 35ª e a 36ª semana, já esteja com a sua mala e a do bebê arrumadas. Pergunte ao obstetra que itens precisam ser levados para a maternidade, como o número de trocas de roupa do bebê, por exemplo. Também se planeje quanto ao número de pijamas que precisará levar para você. “Eu aconselho a organizar dois por noite, já que pode vazar leite e sujar o tecido. E você terá de receber visitas”, explica Priscila. Depois de arrumar a bagagem, já a coloque no porta-malas do carro. Aproveite para instalar uma cadeirinha no automóvel.

Fazer o chá de bebê: É mais divertido quando você já está com a barriga aparecendo, certo? As fotos de recordação ficarão mais marcantes. Em geral, esse evento ocorre entre o 6º e o 7º mês de gestação. Mas não há restrição – escolha o momento em que estiver mais disposta!

Lavar as roupas do bebê: O ideal é que seu filho chegue a casa, após o nascimento, e todas as peças já estejam próprias para uso. Mas não adianta tomar essa medida com muita antecedência, porque irão se sujar novamente até o dia do parto. Inicie o processo pouco antes da 37ª semana, focando nas roupas que serão usadas nos três  primeiros meses. É bom não deixar para a última hora para não ser pega desprevenida em um eventual nascimento prematuro.

Preparar o quarto do seu filho: A personal gestante Paula Laffront aconselha que você comece a pensar em ideias e inspirações para o cômodo durante o primeiro trimestre. Logo depois, já comece a procurar o mobiliário, que não costuma variar de acordo com o sexo do bebê. Algumas lojas demoram 3 meses para entregar um berço, por exemplo. Se optar por contratar um marceneiro ou um arquiteto, também é necessário fazer os cálculos do tempo de fabricação e entrega dos móveis. Quando souber o sexo do bebê, já ficará mais fácil comprar os itens de decoração. Esteja com tudo pronto até a 37ª semana, ok?

Voltar a fazer exercícios físicos após o parto: Isso dependerá de seu perfil.  “As gestantes que têm vida sedentária devem fazer atividade física só depois da 12ª semana, com exercícios como natação, hidroginástica, yoga ou caminhada”, explica Edilson Ogeda, coordenador do Núcleo de Ginecologia, Obstetrícia e Perinatologia do Hospital Samaritano. Se você já praticava algum esporte antes da gestação, escolha exercícios de baixo impacto. Em casos de cesárea, é importante não trabalhar o músculo abdominal pelas mesmas 12 semanas.


Fonte: revista Crescer

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