quinta-feira

10 perguntas e respostas sobre antibióticos

O uso desse tipo de medicamento deve ser feito com tanto critério que hoje ele só é vendido com retenção da receita. 



Entenda por quê deixam o consultório do pediatra com uma receita de antibiótico nas mãos, muitos pais ficam cheios de dúvidas e de receios. A preocupação não é infundada: esse tipo de medicamento precisa ser usado com muito critério e, sempre, sob a prescrição do médico. Confira a seguir as respostas para as questões mais comuns sobre o tema, mas não tenha vergonha de fazer todas as perguntas que achar necessárias ao pediatra do seu filho:


1. Antibiótico faz mal para os dentes? 
Os ministrados para crianças, não. Isso ocorria no passado por conta de um tipo específico substância, a tetraciclina, que manchava e alterava a cor dos dentes, mas esses efeitos eram desconhecidos. Hoje não há mais esse risco e as tetraciclinas não são mais prescritas para uso infantil. 



2. Quantas vezes por ano a criança pode tomar antibiótico? 
Não há um número limite, depende de cada criança. Há aquelas que são mais vulneráveis e têm muitos episódios de amidalite e sinusite. O que é preciso é que um médico avalie sempre os sintomas e a criança para identificar o problema. Na primeira infância é muito comum as infecções virais, que têm sintomas bastante parecidos, como febre e problemas respiratórios, e o antibiótico não funciona no caso de viroses, só quando a infecção é por bactérias. 



3. E se o meu filho fica sempre doente? 
O ideal é que o pediatra e os pais procurem identificar as causas da criança estar sempre doente e tentar eliminá-las. Ou seja, tratar a causa, não só os efeitos. 


4. Por que é preciso tomá-lo, em geral, por dez dias? 
Entre a ingestão do antibiótico e ele atingir o ponto da infecção, o medicamento vai perdendo força. É como se o antibiótico fosse o exército dos mocinhos com uma determinada munição para combater o exército inimigo de bactérias. A munição dos mocinhos acaba e é aí que chega o momento de tomar de novo. Quanto à duração do tratamento, é para certificar-se de que todos os “soldados” inimigos foram mesmo eliminados, senão eles voltam a se multiplicar. 



5. Tem de ser sempre no mesmo horário? 
Sim, pelo explicado na questão anterior, os horários e dias têm de ser respeitados rigorosamente. Só assim o tratamento dá certo. 



6. O que fazer se esqueci uma dose? Ou se atrasei uma? 
Se o atraso for curto, de 30 minutos, pode dar a dose e seguir o tratamento. Se foi por muito tempo, dê a próxima dose no horário normal. A dose que foi esquecida deve ser dada no final do tratamento. Mas o ideal, de acordo com os médicos, é não esquecer mesmo e prestar muita atenção no tratamento.

7. É preciso, mesmo, ter tanto medo de oferecer antibiótico às crianças? 
Não, desde que seja receitado pelo médico. O risco que se corre é de dar antibiótico para resolver algo para o qual ele não funciona e só o médico tem condições de avaliar isso. Como qualquer outro medicamento, tomar por conta própria oferece dois riscos: o de fazer mal e o de não adiantar nada. 


8. Existem outras formas de tratar determinadas doenças sem o antibiótico? 
As infecções bacterianas precisam de antibióticos, mas não todas. As de pequena extensão, como furúnculos, costumam se curar sozinhas. Vacinas e hábitos saudáveis ajudam a evitar doenças, mas quem avalia o tratamento é sempre o pediatra ou clínico. 



9. E se não fizer mais efeito, dá para variar o tipo? 
A avaliação de se um antibiótico faz ou não efeito e a substituição só podem ser realizadas por um médico. Quando precisar de uma consulta com um médico novo, ou em um pronto-socorro, informe quais medicamentos seu filho tomou nos últimos meses. 



10. Antibiótico de criança e de adulto é similar? 
Alguns sim, só variam na dosagem e na forma de administração – em geral por via oral, líquido ou comprimidos, para as crianças. Outros são só de uso adulto.

Fontes: Clery Bernadi Gallacci, pediatra da maternidade Santa Joana e professora de pediatria da faculdade de ciências médicas da Santa Casa de São Paulo e Luci Correa, infectologista e Coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Israelita Albert Einstein
Revista Crescer

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