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Piolho: como cuidar desse problema nas crianças

Número de casos costuma aumentar no inverno, por isso os pais devem ficar atentos às cabeças dos filho

Basta seu filho começar a coçar a cabeça para você já ficar desconfiada. Você, então, olha mais de perto e, de repente, acha um bichinho preto passeando pelo couro cabeludo. A essa altura, já tem quase certeza: é piolho. Mas calma, não é motivo para desespero! É muito comum as crianças pegarem piolhos e o número de casos aumenta nos períodos mais frios do ano. Isso tem a ver com o fato de que elas passam mais tempo em ambientes fechados e mais próximas umas das outras, facilitando o contágio. Ao contrário do que alguns pensam, não tem a ver com o fato de lavarmos menos o cabelo no inverno, porque piolho gosta de couro cabeludo limpo.

“Infelizmente, ele ainda é estigmatizado – as pessoas relacionam piolho com pobreza ou sujeira, o que não tem nada a ver, porque ele voa de uma cabeça para outra e não escolhe cor nem classe social”, afirma Maria Cristina Stoppa Carvalho, médica do colégio Santa Maria (SP).

O piolho passa de uma cabeça para outra pelo contato direto entre os fios de cabelo: basta um abraço apertado entre os amiguinhos, uma troca de bonés, gorros ou presilhas. Cada piolho pode viver até dois meses na cabeça e, nesse período, botar até 300 ovos. A criança infectada precisa ser tratada o quanto antes, tanto para evitar a contaminação de outras pessoas como para aliviar a coceira no couro cabeludo, principal sintoma da presença de piolhos. Coceira na nuca ou atrás das orelhas também são comuns.


Tratamento
A primeira providência que os pais devem tomar quando desconfiam da presença de piolho é ligar para o pediatra. É ele quem poderá dar o diagnóstico correto e indicar o tratamento adequado. Segundo José Luiz Setúbal, pediatra e presidente do Hospital Infantil Sabará (SP), o tratamento mais comum é com xampus ou loções aplicadas diretamente sobre o couro cabeludo.

Esses produtos devem ser aplicados por um ou dois dias e precisam ficar cerca de 15 minutos no cabelo. Junto com o remédio, costuma ser indicado que os pais passem um pente fino no cabelo da criança. Isso porque o maior problema do piolho são os ovos que eles colocam na raiz do cabelo (conhecidos como lêndeas). Eles são responsáveis por parte da coceira que a criança sente e darão origem a novos insetos. O pente fino ajuda a remover as lêndeas.

Segundo Setúbal, atualmente alguns insetos já estão resistentes ao tratamento com as loções. Por isso, em alguns casos os pediatras indicam um remédio de uso oral. A dose depende do peso da criança. Caso os adultos também sejam contaminados, o tratamento é o mesmo – loção de uso tópico e, se for o caso, medicamento de uso oral. E não estranhe se o seu filho reclamar que a cabeça está ardendo um pouquinho com a aplicação do remédio. Com a coceira, o couro cabeludo pode ficar ferido.

Como o piolho pode viver até dois dias fora da cabeça, vale colocar as roupas, toalhas e lençóis para lavar.

Na escola
Se a criança já estiver sendo tratada, ela pode ir para a escola normalmente. É importante, no entanto, avisar a professora ou a pessoa responsável pela classe para que a diretoria da escola envie um comunicado alertando os outros pais sobre a incidência de piolhos.

Fonte: Revista Crescer

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