Diferença foi constatada tanto no grupo que já tinha filhos quanto no grupo sem filhos
Mulheres ficam mais incomodadas que homens quando ouvem o choro de um bebê com fome. A conclusão do estudo realizado pelo National Institutes of Health, instituição de pesquisa norte-americana, reúne novas evidências das diferentes respostas biológicas à presença de uma criança. O mais interessante é que tanto mães quanto mulheres sem filhos tiveram reações semelhantes ao choro, o que indica que a mulher possui uma sensibilidade maior mesmo antes da gravidez.
O estudo foi conduzido da seguinte maneira: pesquisadores recrutaram 18 pessoas e, durante os testes, pediram que deixassem sua mente vagar. Durante 15 minutos, eles ouviram sons aleatórios que eram pontualmente interrompidos por períodos de silêncio e choros de uma criança com fome. Com a ajuda de aparelhos específicos, os cientistas acompanharam a reação cerebral dos participantes. Após a análise detalhada, perceberam que no caso das mulheres o padrão cerebral mudava abruptamente para um “modo de atenção” quando o choro era ouvido. O cérebro dos homens permanecia em um estado de descanso.
Apenas em um momento o cérebro masculino apresentou uma mudança significativa: ao ouvir o choro de uma criança diagnosticada com autismo. Um estudo anterior, do mesmo grupo que conduziu essa pesquisa, já havia mostrado que autistas têm um choro mais agudo e menos pausado. Curiosamente, homens e mulheres prestaram atenção a esse outro tipo de choro.
Em nota, Marc Bornstein, um dos autores do estudo, afirmou: “Nossa pesquisa não tem o objetivo de colocar os pais de uma maneira negativa. Claro que os pais respondem ao choro de seus filhos, mas como somos mamíferos, são as mulheres que precisam responder a esse choro, e é nelas que essa ação causa uma série de respostas – inclusive hormonais – de maneira que uma relação simbiótica se desenvolve entre bebês e as mães".
Estudos anteriores já haviam mostrado também que as mulheres são mais solidárias quando ouvem o choro de uma criança e são mais suscetíveis à vontade de cuidar dela.
Fonte: revista Crescer
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