A dupla queridinha dos brasileiros, além de gostosa, é fonte de nutrientes essenciais para o corpo humano. Descubra quais são eles e confira duas receitas diferentes que as crianças vão adorar
Andressa Basilio
Tem combinação mais perfeita do que arroz e feijão? Além do sabor delicioso, os dois juntos formam um pacote completo de vitaminas e nutrientes. O carboidrato do arroz dá a energia de que seu filho precisa para enfrentar a rotina do dia a dia e a proteína e o ferro do feijão fazem bem principalmente para intestino, coração e sistema imunológico. Isso sem contar a abundância de vitaminas do complexo B e cálcio, importantes para a manutenção das células, fortalecimento dos ossos, cabelos e unhas, reparação muscular e prevenção de doenças, como anemia e diabetes. Ufa! Quanta coisa boa num prato só!
E o melhor é que não é preciso fazer esforço nenhum para colocar arroz e feijão no cardápio das crianças: elas adoram e consomem quase todos os dias. Mas, você sabia que existem vários tipos de cada um deles? Isso significa que dá para variar bastante na cozinha e, de quebra, ainda apresentar novos sabores ao seu filho. Abaixo você confere um dossiê sobre os principais tipos desses ingredientes e aprende duas receitas que as crianças vão amar.
ARROZ
Branco (ou Polido)
É o tipo mais comum entre os brasileiros, além de ser de simples preparo e o de preço mais barato nas gôndolas do mercado. Só não é o tipo mais nutritivo. Isso porque a maior parte das vitaminas fica na casca, que é retirada para que o grão seja polido e ganhe aspecto branquinho e brilhante.
Parbolizado
As opiniões geralmente se dividem sobre esse tipo de arroz. Ou as crianças gostam muito ou detestam. O gosto é mais forte, a cor é amarronzada e o grão fica um pouco mais duro do que o tipo branco. Isso acontece porque, depois de colhido, é colocado em água fervente, processo que garante a migração dos nutrientes da casca para a parte interna. Por causa desta “preparação”, o parboilizado é um dos tipos mais completos quando o assunto é vitaminas.
Integral
Assim como o do tipo branco, o arroz integral também tem a casca retirada, porém, não passa pelo processo do polimento, o que justifica a cor mais escura e o maior valor nutricional. A textura e o gosto também ficam mais acentuados e, por isso, o processo de preparo pode ser mais demorado (às vezes demora até 30 minutos para ficar pronto). Duas vantagens deste tipo é que ele é rico em fibras, o que contribui para o bom funcionamento do intestino, e de menor valor calórico.
Arbóreo
Este veio direto da Itália e é muito usado no preparo de risotos, uma vez que seu formato e composição ajudam na absorção do tempero. O valor nutritivo, porém, é semelhante ao do arroz branco: muito carboidrato e pouca fibra.
Japonês
É a alta concentração de amido que faz os grãos ficarem mais unidos. A falta de valor nutritivo (também é polido) é compensada quando ele é combinado com peixes na culinária japonesa.
Basmati
Este tipo de arroz de formato mais alongado veio da Índia. Existe em versão polida e integral e geralmente é usado para o preparo de Paella, prato típico da Espanha, mas que os brasileiros adoram.
Preto
Ainda novidade por aqui, os pequenos podem torcer o nariz quando se depararem com este tipo de arroz. Isso porque, como o nome já diz, ele é totalmente preto e tem um sabor mais adocicado, o que pode causar estranheza. Mas, ele é muito rico em vitaminas e componentes antioxidantes. Vale a pena experimentar.
FEIJÃO
Carioquinha
Marrom rajado é o tipo mais consumido pelos brasileiros. É rico em ferro e proteínas que ajudam no bom funcionamento do organismo. É um dos alimentos mais indicados no combate à anemia.
Preto
Ingrediente principal de um dos pratos mais amados dos brasileiros: a feijoada. É rico em fibras que ajudam a manter os níveis de açúcar no sangue em dia.
Fradinho
Também conhecido como feijão-de-corda, é uma das bases da culinária nordestina. Seu sabor é bem acentuado, mas as propriedades nutricionais são ótimas para regular os níveis de colesterol.
Branco
De uns tempos para cá, este tipo se tornou o queridinho das dietas. Tudo graças ao poder de promover saciedade e de bloquear o aproveitamento de carboidratos no organismo. Por isso, não deve ser muito consumido por crianças. Mas, vez ou outra, na salada, pode ficar delicioso!
Azuki
Este tipo de sabor levemente adocicado é muito utilizado na culinária japonesa, inclusive no preparo de doces típicos. Tem propriedades diuréticas que previnem problemas como pedras nos rins e vesícula.
Para fugir do óbvio
Que tal usar estes dois queridinhos gastronômicos para estimular seu filho a experimentar novos sabores? Veja abaixo duas receitas diferentes:
Arroz o Popeye
Ingredientes
• 1/2 cebola ralada
• 1 xícara de espinafres cozidos picados
• 1 colher de sopa de óleo vegetal
• 1 xícara de cogumelos em lâminas
• 2 xícaras de chá de chá de arroz integral limpo e lavado
• 4 xícaras de chá de chá de água
• sal a gosto.
Modo de preparo
1. Coloque numa panela não aderente o óleo, junte a cebola e refogue-a.
2. Adicione o arroz e refogue-o até secar. Junte a água.
3. Após 5 minutinhos de fervura, ponha os cogumelos e os espinafres e cozinhe até que o arroz esteja macio.
Almôndegas de feijão
Ingredientes
• 2 xícaras de feijão carioquinha ou roxinho cozido e temperado
• 1 xícara de arroz polido ou integral cozido e temperado
• 2 ovos
• 2 colheres de farinha de trigo
• 2 colheres de salsa picada
• 6 colheres de farinha de rosca
• Sal a gosto
• Óleo para fritura
Modo de preparo
1. Coloque o feijão e o arroz prontos num recipiente e amasse bem com um garfo.
2. Misture os ovos, a farinha de trigo, a salsa e continue amassando.
3. Verifique o sal.
4. Leve ao fogo para dar consistência.
5. Deixe esfriar, enrole, passe na farinha de rosca e doure em óleo bem quente
*Fonte: Marisa Resende Coutinho, nutricionista do Hospital São Camilo (SP)
Revista Crescer
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