Pesquisadores afirmam que o exame possibilita a intervenção precoce nos bebês mais propensos a desenvolverem a doença
Crescer Online
Crédito/foto: Shutterstock |
Uma descoberta feita por pesquisadores da Universidade de Medicina de Yale, nos Estados Unidos, encheu famílias de todo o mundo de esperança. Em parceria com a Universidade da Califórnia, eles produziram um estudo em que comprovaram a existência de uma relação entre a presença de anormalidades na placenta e maiores riscos de desenvolvimento de autismo. Isso quer dizer que, fazendo uma simples análise da placenta depois do parto, os médicos podem identificar sinais que mostram que aquele bebê tem mais chances de desenvolver autismo com o passar dos anos – o que permite uma intervenção ainda cedo, aumentando (e muito) sua qualidade de vida.
Os pesquisadores de Yale examinaram 117 placentas retiradas após o nascimento de bebês de famílias consideradas de alto risco (aquelas que já tinham um ou mais filhos autistas). Em seguida, elas foram comparadas com outras 100 placentas (de mães de famílias que não estão no grupo de risco) coletadas pelos cientistas da Califórnia.
Durante esse trabalho, foi descoberta uma diferença marcante. Enquanto as placentas do grupo de risco possuíam cerca de 15 inclusões trofoblásticas (dobras e vincos na parede), as outras tinham no máximo duas. Ao contabilizar todos os resultados, os pesquisadores concluíram que uma placenta com quatro ou mais inclusões sugere que o bebê tem 96,7% de probabilidade de desenvolver autismo.
“Esperamos que esse exame se torne rotina entre os médicos. Assim, os bebês que vierem de placentas com números altos de inclusões poderão sofrer intervenções precoces que podem melhorar muito sua qualidade de vida”, disse Harvey Kliman, principal autor do texto.
Fonte: Revista Crescer
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