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Constipação intestinal em mulheres grávidas é comum

Como evitar prisão de ventre: descubra
Renata Pinheiro

Imagem ilustrativa / Foto: Getty Image

A prisão de ventre é comum em muitas mulheres. Mas mais comum ainda em mulheres grávidas. Chamada 'constipação intestinal', é essa  dificuldade constante ou eventual para eliminação das fezes. "A lentidão do trânsito intestinal, causada por vários motivos como ingestão pobre de fibras, alimentos constipantes, pouca ingestão de líquidos e causas hormonais leva ao ressecamento das fezes e, com isso, a dificuldade na eliminação", explica o Dr. Walter Palis, ginecologista e obstetra.

As mulheres são mais suscetíveis a esta condição, em função da presença de um hormônio feminino chamado progesterona, que tem como uma de suas ações a diminuição da contração das fibras musculares lisas, presentes em todo o intestino. "Com isso, a contração da musculatura intestinal se dá de forma menos eficaz e essa lentidão leva a tal constipação, que é a própria prisão de ventre", explica o médico.

Tendência é prisão de ventre piorar com o avanço da gravidez
Na gravidez, o hormônio progesterona está muito aumentado, para inibir a contração da musculatura do útero, e acaba também reduzindo a contração da musculatura intestinal. Isso contribui para a dificuldade ao evacuar. Como os níveis de progesterona vão aumentando seus níveis à medida que a gravidez avança. Assim a constipação intestinal pode aparecer logo nos primeiros meses e frequentemente vai piorando progressivamente à medida que a gestação avança, em função do aumento deste hormônio.

Os sintomas variam de pessoa a pessoa, sendo os mais comuns, a distensão (inchaço) abdominal, cólicas, peso no abdômen inferior, desconforto abdominal, sensação de "empanzinamento" (barriga cheia), dificuldade, dor e sangramento nas evacuações. Apesar de todos estes sintomas possíveis, eles estão afeitos exclusivamente à mãe. Não comprometem a saúde do bebê.

Dieta rica em líquidos e fibras é melhor forma de evitar mal estar
A melhor forma para se atenuar/evitar este problema é uma dieta equilibrada, rica em fibras e líquidos, e prática rotineira de atividade física. Existem várias formas de tratamento, que podem ser utilizadas isoladas ou conjuntamente. "A reeducação alimentar, aumentando a ingestão de fibras alimentares e líquidos, promove melhora do quadro. Na outra ponta, evitar os alimentos constipantes, como pão, batata, farináceos, banana, maçã, arroz", explica Palis.

Podem-se utilizar também medicamentos à base de fibras, que são mais naturais. Outro forma de tratamento é o uso de laxantes e em casos extremos, o uso de lavagem intestinal. Como tratamentos coadjuvantes, pode-se empregar a acupuntura e a homeopatia. A escolha do tratamento ideal para cada paciente, depende de avaliação médica criteriosa.


Fonte: http://gnt.globo.com/maes-e-filhos

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