terça-feira
Aborto de repetição: quando o bebê não vem
Conheça as outras causas desse problema
Thais Lazzeri
· Problemas no colo do útero: a mais comum é a insuficiência ístimo cervical, quando o colo do útero é frágil e não consegue se manter fechado até o final da gestação. A mulher pode ter nascido com uma deficiência muscular ou o problema pode ser adquirido por curetagens repetidas, por exemplo. O diagnóstico é feito por estereoscopia (câmera dentro do útero que avalia o colo) antes da próxima gestação. Esse problema é tratado por cirurgia no próprio colo durante a gravidez, chamada cerclagem (sob anestesia, em torno da 14ª e 16ª semanas, passa-se quatro vezes o fio cirúrgico não absorvível no colo do útero e dá-se um nó que, na data próxima do parto, é retirado em consultório).
· Déficit de progesterona: ocorre quando o ovário que doou o óvulo para ser fecundado não produz quantidades normais desse hormônio para manter a gravidez até a 14ª semana – depois disso, a placenta assume essa função. Uma das maneiras de descobrir o problema é fazendo um ultrassom transvaginal para identificar a produção desse hormônio no ovário que doou o óvulo. Quando não há, é preciso fazer reposição hormonal no primeiro trimestre. Outra maneira de identificar o déficit de progesterona é fazer dosagens hormonais por exame de sangue ou uma biópsia do endométrio (a camada que reveste o útero por dentro) entre o 22º e 24º dia do ciclo – esse último é fora da gravidez. O tratamento é o mesmo.
· Diabetes ou tireoide: se estiverem sob controle, elas não causam problemas. Mas quando uma mulher engravida com excesso de açúcar no sangue, essa hiperglicemia gera a produção de algumas substâncias que são tóxicas para a formação do embrião (principalmente no sistema nervoso central), e o organismo não deixa a gestação prosseguir. No caso da tireoide, tanto na hiper como na hipo, há uma alteração do endométrio que pode gerar dificuldade de nutrição e oxigenação do embrião. Em ambos casos, o tratamento é engravidar com a doença sob controle ou regularizar rapidamente durante a gestação.
· Infecções: qualquer infecção pode levar ao aborto, mas alguma propiciam mais, como rubéola e sífilis. É indicado que a mulher faça cultura de secreção vaginal e exames de sangue para descobrir o que provocou a perda. E aí é decidido qual o melhor tratamento.
Fonte: revista Crescer
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