quarta-feira

Alergia alimentar em crianças pode estar relacionada à ansiedade


Um estudo da Universidade de Columbia (EUA) mostrou que existe uma relação entre alergia alimentar e ansiedade em pacientes pediátricos. Os pesquisadores estudaram os sintomas de 80 crianças, entre 4 e 12 anos, com e sem alergia alimentar no Bronx, bairro de Nova York.

Entre as crianças que tinham esse tipo de alergia, 57% mostrou ter também sintomas de ansiedade, comparado a 48% entre as crianças não alérgicas. Os estudiosos levantaram algumas hipóteses para explicar os resultados. Para eles, entre populações carentes, o custo dos medicamentos pode ser um fator que gera ansiedade para os cuidadores e, consequentemente, para os pequenos. O fato de a criança se sentir diferente das outras também pode ser causa de ansiedade social.

ANSIEDADE INFANTIL
Há quem pense que transtornos psicológicos são restritos a adultos, mas a verdade é que a ansiedade, por exemplo, atinge uma em cada oito crianças. Frente a uma situação de estresse (como a alergia alimentar ou as consequências dela), o sistema límbico, região cerebral que comanda todas as nossas emoções e comportamentos sociais, envia um sinal para o sistema nervoso central. Assim, o corpo inteiro fica em estado de alerta: os batimentos cardíacos aceleram, os músculos tensionam, as mãos transpiram. É o organismo respondendo à iminência de um perigo, seja ele real ou hipotético.

Em uma dose saudável, a ansiedade pode ajudar a se preparar melhor para uma situação crítica. Ficar ansioso por causa de uma prova é um bom motivo para estudar mais. Mas nem sempre é assim. “Às vezes, a sensação é tão intensa e causa tanto mal-estar que a pessoa fica paralisada e não consegue agir”, diz o psiquiatra Fernando Asbahr, coordenador do Programa de Transtornos de Ansiedade na Infância e Adolescência do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (SP). A partir desse ponto, ela pode se tornar um problema.

Em geral, o indicado como tratamento é a terapia cognitivo-comportamental, que ensina a lidar com os sentimentos de forma mais equilibrada. A ideia é lentamente expor a criança a situações que a desestabilizam e, conforme ela adquire segurança para lidar com o que sente, passa a novos desafios.

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/

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