terça-feira

Tirando alguma dúvidas sobre alergia alimentar


Cresce a cada dia o número de pessoas diagnosticadas com um ou mais tipos de alergias alimentares. Você tem notado que tal assunto tem aparecido com mais frequência em conversas com amigos, parentes ou conhecidos? Pois saiba que isto não é mera impressão, mas, sim, um fato. Está comprovado que os casos de alergia alimentar estão aumentando (em um ritmo acelerado) em todas as nações do globo. “O aumento da alergia alimentar é nítido e está acontecendo em todo o mundo. Existem várias teorias diferentes, provavelmente, a causa para isso está relacionada com os hábitos modernos.”, defende o Presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI), Dr. Fábio Morato Castro.

De acordo com uma pesquisa divulgada pela dra. Lelia Mara Josuá, médica alergista à frente da rede Air Clinic, as alergias alimentarem atingem de 6 a 8% das crianças abaixo de 3 anos e os alimentos que mais causam tais reações são: leite de vaca, ovos, peixes, frutos do mar, trigo, nozes, amendoim, soja, cacau (chocolate), carne de porco e corantes. Estudos indicam que 50 a 70% dos alérgicos têm alguém na família com o problema e que os filhos de pais alérgicos têm 75% de probabilidade de ter o mesmo mal. O diagnóstico de alergia pode ser feito por meio de testes alérgicos, sanguíneos e cutâneos.

Sintomas da alergia alimentar

A reação, que ocorre após a ingestão de determinados alimentos, envolve o mecanismo imunológico. Sua apresentação clínica é muito variável e os sintomas podem surgir de diferentes formas, por exemplo na pele e/ou nos sistemas gastrointestinal e respiratório. Na pele, é comum observar o surgimento de urticária, inchaço, coceira e eczema. No sistema respiratório, manifesta-se a tosse, rouquidão e chiado no peito. No aparelho gastrointestinal, podem ser observados diarreia, dor abdominal e vômitos e, por fim, em casos mais intensos, o mal pode acometer vários órgãos simultaneamente (reação anafilática). Nos casos da manifestação clínica de reação alérgica em dois sistemas simultaneamente, por exemplo, urticária e vômito, considera-se a reação grave ou anafilática, o que exige uma preocupação maior, assim como a ida ao hospital. Sintomas respiratórios funcionam como um alerta para uma reação alérgica grave, pois não são comuns em alergias alimentares. Nesses casos, a ação deve ser imediata: seja ela a ida ao hospital ou a aplicação de adrenalina.

Alergia alimentar X intolerância alimentar

É importante destacar que a alergia alimentar costuma ser erroneamente confundida com a intoxicação ou a intolerância alimentar. “A intoxicação ou intolerância ao alimento ocorre quando o organismo não produz ou produz em pequena quantidade a enzima gerada pela digestão desse alimento. Já a alergia ocorre quando o organismo não reconhece alguns tipos de proteína presentes no alimento e ele acaba sendo considerado pelo nosso sistema imunológico como um agente agressor”, explica a Dra. Lelia Josuá.

Alergia ao leite X intolerância ao leite

O caso de alergia mais comum entre as crianças é a alergia à caseína, a proteína do leite. Quem tem alergia à caseína também terá reação a seus derivados do leite, como o iogurte, queijos, chocolate, entre outros. No entanto, ela pode sumir com o passar dos anos, já que as alergias alimentares da infância tendem a desaparecer conforme a criança cresce, enquanto as que aparecem na fase adulta costumam a ser mais irreversíveis e graves. Já a intolerância à lactose é um fenômeno metabólico que acompanhará a pessoa por toda a sua vida. Quando alguém tem intolerância à lactose, o açúcar do leite, isto quer dizer que o seu corpo não produz a lactase, enzima que digere a lactose, e isso não mudará.

Fonte: Vestida de Mãe.

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