terça-feira

Os meninos mamam mais que as meninas?

Não existe nenhuma estatística ou pesquisa que comprove, mas tanto as mães quanto os pediatras e as consultoras em aleitamento notam que, sim, os meninos são mais vorazes que as meninas ao mamar. “De fato, eles tendem a fazer mamadas mais longas e são mais afobados, embora não seja uma regra. Acredito que esteja relacionado ao tamanho do bebê. Uma vez que os meninos, em geral, podem ser maiores, precisam ingerir mais calorias”, afirma Bianca Balassiano Najm, consultora em amamentação, do Posso Amamentar Consultoria em Amamentação, do Rio de Janeiro.

O que fazer nesse caso? A resposta é simples: deixe o seu filho mamar à vontade. A recomendação é conhecida por livre demanda e faz parte da lista de dez passos para o sucesso do aleitamento materno preconizada pela Organização Mundial da Saúde. Para Bianca, há dois motivos pelos quais as mães devem levar o conselho à risca. O primeiro é que os bebês não têm hora certa para sentir fome. “O estômago deles é pequeno e o leite materno, por sua vez, digere rapidamente”, explica. O segundo diz respeito ao volume: a sucção do bebê no seio da mãe estimula a produção de leite. Assim sendo, quanto mais ele mamar, mais leite a mãe vai ter.

Só que os mais esfomeados, sejam meninos ou meninas, muitas vezes mamam tanto que até vomitam ao final da mamada. Mas não se preocupe. O refluxo fisiológico, que é aquele em que o bebê regurgita, mas continua se desenvolvendo normalmente, é uma condição natural e está relacionada à maturação do sistema digestivo. Tanto que, por volta do sexto mês, quando começa a introdução de alimentos sólidos e ele já fica mais tempo sentado, os vômitos praticamente desaparecem.

Por volta do terceiro mês de vida, entretanto, o intervalo entre as mamadas se alonga. “O bebê cria seu próprio ritmo aos poucos. Além disso, o estômago dele cresceu e as mamadas são mais efetivas”, afirma a consultora. Isso porque, como a amamentação é um aprendizado para mãe e filho, o bebê já sabe ordenhar melhor (isso mesmo) o seio materno – ou seja, suga mais leite em menos tempo. Não é à toa que a duração da mamada também diminui à medida que o bebê cresce.

Fonte: revista Crescer

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