quinta-feira

Por que os pais confundem o nome dos filhos?

Pesquisa mostrou que a troca é mais comum entre nomes com sonoridade parecida ou com a mesma letra inicial

Chamar um filho quando, na verdade, você está em frente ao outro é um erro tão comum entre os pais que pesquisadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, decidiram estudar porque isso acontece. Eles descobriram que a confusão acontece mais se o nome dos filhos tiver uma sonoridade parecida, como Andressa e Vanessa, por exemplo.

Por meio de um questionário online, os participantes, 334 jovens adultos com um ou mais irmãos, foram convidados a avaliar semelhanças na aparência e personalidade com seus irmãos e frequência com que os pais trocavam acidentalmente os nomes. Os sentimentos deles quando isso acontecia também foram abordados.
Os pesquisadores descobriram que os participantes que tinham nomes com a mesma inicial dos irmãos, por exemplo, Jamie e Jason, ou finais parecidos, como Amanda e Samantha, eram mais confundidos do que irmãos cujos nomes não se pareciam. A confusão dos pais também foi prevalente quando os filhos eram mais novos e próximos em idade. Além disso, era mais comum o mais novo ser chamado pelo nome do mais velho, o que, segundo os pesquisadores, tem a ver com o tempo em que cada criança está na família.

Nenhuma dessas conclusões, portanto, tem a ver com uma preferência por um ou outro filho, conforme alguns participantes relevaram pensar. “Este fenômeno, que muitas vezes é atribuído pelas pessoas como um lapso freudiano [ou ato falho, erro na falha ou na memória causado pelo inconsciente], nada mais é do que um pegadinha do cérebro durante o processo de recuperação da informação”, escreveu o autor do estudo Zenzi Griffin. “Como a substituição de nomes pode ser influenciada por fatores como similaridade entre os dois nomes ou semelhança física, não devemos dar muita importância a erros como esse”.

Nem o bicho de estimação escapa!
O estudo abordou ainda uma perspectiva curiosa: um conjunto de 121 entrevistados (mais de um terço) relatou que, muitas vezes, eles foram chamados pelo nome de outros membros da família. E 20 entrevistados afirmaram que eram confundidos com – pasme! – o nome do animal de estimação da família.

Essa descoberta inesperada, de acordo com Griffin, significa que fatores sociais e situacionais também desempenham papel importante na forma como os pais recuperam um nome para abordar o filho. Por exemplo, uma mãe está na cozinha e quer que seu filho venha jantar. A última vez que ela estava na cozinha, chamou o cachorro Fluffy para jantar. A semelhança da situação pode fazer com ela diga “Fluffy, venha jantar!”, mesmo que ela queira se referir ao filho.


Fonte: revista Crescer

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