Realizado 48 horas após o nascimento, o teste é capaz de identificar precocemente doenças que não apresentam sintomas nos primeiros dias de vida
Basta uma picadinha no calcanhar do bebê para detectar precocemente algumas doenças que podem afetar o desenvolvimento da criança e não apresentam sintomas nos primeiros dias de vida. Esse exame é o Teste do Pezinho e, por sua importância, o Ministério da Saúde instituiu 6 de junho como o Dia Nacional do Teste de Pezinho.
O exame básico é obrigatório e gratuito no Brasil desde 1992. Ele engloba as doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme e demais hemoglobinopatias.
Na rede privada, a maioria das maternidades oferece o teste ampliado, que na versão conhecida como Mais detecta mais seis doenças, além das mencionadas na versão básica, entre elas, toxosplamose congênita e hiperplasia adrenal congênita. Há ainda o teste Super, que é capaz de diagnosticar até 48 patologias. O exame chega a custar R$ 425, segundo a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), que introduziu o exame em 1976 e é referência no país.
Picadinha do bem
O teste deve ser feito após as primeiras 48 horas do bebê e até o 5º dia de vida. “Esse período de dois dias antes do exame é essencial para que o funcionamento do organismo do bebê se estabeleça e seja possível detectar as doenças, principalmente a fenilcetonúria, que é diagnosticada após o bebê fazer a digestão do leite materno ou da fórmula infantil”, explica a neonatologista Graziela Lopes del Bem, do Hospital e Maternidade Rede D’Or São Luiz (SP). “Prematuros devem voltar ao hospital após 30 dias para uma nova etapa de exames”, diz Renato Kfouri, neonatologista e presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM).
“Ao diagnosticar as doenças precocemente, é possível começar o tratamento adequado nas primeiras semanas de vida do bebê e evitar consequências graves no futuro”, diz a técnica Sandra Hadashi, responsável pelo laboratório da APAE.
No ano passado, o Ministério da Saúde começou uma ampliação no Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) para garantir que todos os estados do país tenham condições de realizar o diagnóstico de todas as doenças até 2014.
Como é feito
Para o teste, é coletada uma amostra de sangue do calcanhar do bebê, daí o nome popular para essa triagem neonatal. Essa região tem boa irrigação sanguínea e causa menos dor. O sangue é colocado num papel tipo mata-borrão e é encaminhado ao laboratório.
O resultado pode demorar até 30 dias, e é fundamental que os pais se informem no hospital como devem fazer para obter o resultado. Caso haja alguma alteração, uma nova coleta deverá ser solicitada para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento.
Versões disponíveis do Teste do Pezinho
Teste do Pezinho Básico é obrigatório e gratuito em todo o país, composto por quatro diagnósticos: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme e demais hemoglobinopatias.
Teste do Pezinho Mais detecta mais seis doenças, além das mencionadas no Básico: deficiência de G-6-PD, galactosemia, leucinose, deficiência de biotinidase, hiperplasia adrenal congênita e toxoplasmose congênita. É oferecido gratuitamente na maioria das maternidades privadas. Na APAE custa R$ 225.
Teste do Pezinho Super é o único a diagnosticar 48 patologias e um dos mais completos Testes de Triagem Neonatal existentes no mundo. Ele inclui em seu painel, além das dez doenças identificadas nos Testes do Pezinho Básico e Mais, outros 36 diagnósticos. É oferecido nas maternidades e custa, em média, R$ 425.
Entenda as doenças diagnosticadas na versão básica do teste
Fenilcetonúria
Causada pela deficiência no metabolismo do aminoácido fenilalanina. O acúmulo no organismo pode causar deficiência mental.
Hipotireoidismo Congênito
Causada insuficiência do hormônio da tireoide. A falta de tiroxina pode causar retardo mental e comprometimento do desenvolvimento físico
Anemia Falciforme e outras hemoglobinopatias
Alteração da hemoglobina que dificulta a circulação, podendo afetar quase todos os órgãos. Pode causar anemia, atraso no crescimento e dores e infecções generalizadas. É incurável.
Fibrose Cística
Ocorre aumento da viscosidades das secreções, propiciando as infecções respiratórias e gastrointestinais. Ataca pulmões e pâncreas. É incurável.
Dados: APAE SP
Fonte: revista Crescer
Basta uma picadinha no calcanhar do bebê para detectar precocemente algumas doenças que podem afetar o desenvolvimento da criança e não apresentam sintomas nos primeiros dias de vida. Esse exame é o Teste do Pezinho e, por sua importância, o Ministério da Saúde instituiu 6 de junho como o Dia Nacional do Teste de Pezinho.
O exame básico é obrigatório e gratuito no Brasil desde 1992. Ele engloba as doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme e demais hemoglobinopatias.
Na rede privada, a maioria das maternidades oferece o teste ampliado, que na versão conhecida como Mais detecta mais seis doenças, além das mencionadas na versão básica, entre elas, toxosplamose congênita e hiperplasia adrenal congênita. Há ainda o teste Super, que é capaz de diagnosticar até 48 patologias. O exame chega a custar R$ 425, segundo a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), que introduziu o exame em 1976 e é referência no país.
Picadinha do bem
O teste deve ser feito após as primeiras 48 horas do bebê e até o 5º dia de vida. “Esse período de dois dias antes do exame é essencial para que o funcionamento do organismo do bebê se estabeleça e seja possível detectar as doenças, principalmente a fenilcetonúria, que é diagnosticada após o bebê fazer a digestão do leite materno ou da fórmula infantil”, explica a neonatologista Graziela Lopes del Bem, do Hospital e Maternidade Rede D’Or São Luiz (SP). “Prematuros devem voltar ao hospital após 30 dias para uma nova etapa de exames”, diz Renato Kfouri, neonatologista e presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM).
“Ao diagnosticar as doenças precocemente, é possível começar o tratamento adequado nas primeiras semanas de vida do bebê e evitar consequências graves no futuro”, diz a técnica Sandra Hadashi, responsável pelo laboratório da APAE.
No ano passado, o Ministério da Saúde começou uma ampliação no Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) para garantir que todos os estados do país tenham condições de realizar o diagnóstico de todas as doenças até 2014.
Como é feito
Para o teste, é coletada uma amostra de sangue do calcanhar do bebê, daí o nome popular para essa triagem neonatal. Essa região tem boa irrigação sanguínea e causa menos dor. O sangue é colocado num papel tipo mata-borrão e é encaminhado ao laboratório.
O resultado pode demorar até 30 dias, e é fundamental que os pais se informem no hospital como devem fazer para obter o resultado. Caso haja alguma alteração, uma nova coleta deverá ser solicitada para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento.
Versões disponíveis do Teste do Pezinho
Teste do Pezinho Básico é obrigatório e gratuito em todo o país, composto por quatro diagnósticos: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme e demais hemoglobinopatias.
Teste do Pezinho Mais detecta mais seis doenças, além das mencionadas no Básico: deficiência de G-6-PD, galactosemia, leucinose, deficiência de biotinidase, hiperplasia adrenal congênita e toxoplasmose congênita. É oferecido gratuitamente na maioria das maternidades privadas. Na APAE custa R$ 225.
Teste do Pezinho Super é o único a diagnosticar 48 patologias e um dos mais completos Testes de Triagem Neonatal existentes no mundo. Ele inclui em seu painel, além das dez doenças identificadas nos Testes do Pezinho Básico e Mais, outros 36 diagnósticos. É oferecido nas maternidades e custa, em média, R$ 425.
Entenda as doenças diagnosticadas na versão básica do teste
Fenilcetonúria
Causada pela deficiência no metabolismo do aminoácido fenilalanina. O acúmulo no organismo pode causar deficiência mental.
Hipotireoidismo Congênito
Causada insuficiência do hormônio da tireoide. A falta de tiroxina pode causar retardo mental e comprometimento do desenvolvimento físico
Anemia Falciforme e outras hemoglobinopatias
Alteração da hemoglobina que dificulta a circulação, podendo afetar quase todos os órgãos. Pode causar anemia, atraso no crescimento e dores e infecções generalizadas. É incurável.
Fibrose Cística
Ocorre aumento da viscosidades das secreções, propiciando as infecções respiratórias e gastrointestinais. Ataca pulmões e pâncreas. É incurável.
Dados: APAE SP
Fonte: revista Crescer
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