Exame mede a presença de uma substância no sangue da mulher que aumenta em três vezes a chance de desenvolver o problema
Um novo exame pode ajudar os médicos a detectarem quais pacientes têm alto risco de desenvolver diabetes gestacional. O problema costuma aparecer no segundo trimestre da gravidez porque alguns hormônios produzidos pela placenta podem levar à resistência da ação da insulina, responsável por equilibrar o nível de açúcar no sangue.
Se tratada corretamente, a diabetes gestacional pode ser controlada, mas sem acompanhamento médico ela aumenta o risco de parto prematuro, pré-eclâmpsia e pressão alta da mãe. É por isso que os médicos geralmente pedem que a gestante façam um exame chamado glicemia de jejum, para saber se o nível de glicose no sangue está normal. A boa notícia é que o novo exame pode identificar o risco de diabetes gestacional antes mesmo de ela se manifestar, possibilitando uma intervenção precoce.
O estudo que avaliou essa nova possibilidade foi publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, uma publicação científica de endocrinologia. Os pesquisadores mediram o nível de uma substância chamada receptor (pro)renina no sangue de 716 mulheres no primeiro trimestre de gestação. Elas foram acompanhadas durante toda a gravidez. Entre as participantes, 44 desenvolveram diabetes gestacional. Analisando os dados, os responsáveis pelo estudo descobriram que aquelas que já apresentavam altos níveis de (pro)renina tiveram 3 vezes mais chances de desenvolver o problema.
“Mulheres que não apresentam os fatores de risco tradicionais para desenvolver diabetes gestacional podem não ser diagnosticadas antes do segundo semestre. O método identificado nesse estudo oferece às gestantes a oportunidade de conhecer seu risco mais cedo”, afirmou em nota Atsuhiro Ichihara, um dos autores e pesquisadores da Universidade de Medicina da Mulher de Tóquio.
Fonte: revista Crescer
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