quarta-feira

Morte súbita: bebês que dormem com os pais têm risco maior

Pesquisa analisou dados de mais de 6 mil crianças e concluiu que bebês de até 3 meses estão entre o principal grupo de risco


A síndrome da morte súbita é uma das principais causas de morte de bebês com menos de 1 ano em países desenvolvidos. Por isso, uma pesquisa da London School of Hygiene and Tropical Medicine resolveu investigar o que poderia estar relacionado a esse problema. Eles fizeram um dos maiores levantamentos sobre o assunto, analisando dados referentes a 1.472 casos de morte súbita e de 4.679 crianças saudáveis.

Os números são surpreendentes: o risco de morte súbita entre bebês de até 3 meses é cinco vezes maior para aqueles que dormem na cama com os pais, em comparação com os que dormem no berço. Os pesquisadores também estimam que 81% das mortes súbitas nessa faixa etária poderiam ser prevenidas caso os pais não compartilhassem seu leito com as crianças.

O estudo também coloca em dúvida o consenso que existia entre os médicos ingleses de que apenas os pais que fumam, bebem ou consomem algum tipo de droga não deveriam dormir com os recém-nascidos. O aumento do risco de morte súbita foi constatado também entre os pais sem nenhum tipo de vício.

“Atualmente, mais da metade de mortes súbitas no Reino Unido acontecem enquanto o bebê está dormindo na cama dos pais. Apesar de sabermos que fumar e beber aumentam a probabilidade de isso acontecer, nosso estudo mostra que todos os bebês com menos de 3 meses que dormem com os adultos estão vulneráveis. Os médicos precisam se posicionar contra a cama compartilhada, especialmente no caso de recém-nascidos”, afirmou Bob Carpenter, principal autor do estudo.

Conforme o bebê cresce, o perigo de morrer por dividir a cama com os pais diminui, mas aí o problema passa a ser outro. Dormir no próprio quarto ensina a ter individualidade. Além disso, com a cama cheia, a família toda acorda cansada e o casal perde a intimidade.


Por isso, não desista. O melhor lugar para seu filho dormir é no quarto dele. E deixe aquele aconchego na sua cama apenas como exceção.

Fonte: revista Crescer

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