Novo estudo reforça a relevância dessa vitamina para prevenir probemas como pré-eclâmpsia e diabetes gestacional
Marcela Bourroul
Sabe aquela recomendação de tomar sol durante 10 minutinhos por dia? Pois é, agora as grávidas têm mais um motivo para segui-la. Um levantamento realizado por pesquisadores da Universidade de Calgary, no Canadá, revisou diversos estudos publicados nos últimos 30 anos sobre a vitamina D na gravidez. Essa vitamina é obtida, em pequenas quantidades, por meio da alimentação, mas o sol é seu principal fator de formação. Eles chegaram à conclusão que baixos níveis da substância no organismo da gestante podem aumentar os riscos de desenvolver diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, vaginose bacteriana, além de elevar a probabilidade de os bebês nascerem com baixo peso.
Os cientistas afirmaram que ainda é necessário fazer mais pesquisas sobre o assunto, especialmente para determinar a relação de causa e consequência entre os níveis de vitamina D no organismo e cada um dos problemas apontados. Além disso, ainda não há um consenso sobre a dose diária recomendada para as grávidas.
Segundo o obstetra Paulo Nowak, da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo, doses de até 4000 UI diárias são seguras para a gestante. Ele afirma que a quantidade de vitamina D obtida a partir da dieta e da exposição solar não é suficiente para atingir a dose adequada, na maioria dos casos. Mas, o uso de suplementos só deve acontecer com acompanhamento médico. O ideal é medir a vitamina D no sangue e, a partir do resultado, definir a carga de suplementos. Os polivitamínicos recomendados costumam conter entre 200 a 400 UI dessa substância. Para se ter uma ideia, a ingestão de 100 gramas de peixe duas vezes por semana equivale a 800 UI.
Os responsáveis pela pesquisa no Canadá alertaram para três grupos de risco quando o assunto é a carência de vitamina D. Entre eles estão as vegetarianas (já que peixe é uma das principais fontes dessa vitamina), as mulheres que vivem em países de latitudes altas (por conta do sol, o que não é o caso do Brasil), e as mulheres de pele negra (que têm mais dificuldade para sintetizar a vitamina).
Fonte: revista Crescer
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