sexta-feira

Academia Americana de Pediatria defende adoção de crianças por casais gays

Em nova publicação, entidade se posiciona a favor da união entre pessoas do mesmo sexo e afirma que elas devem receber os mesmos benefícios do governo para criar seus filhos

Crescer Online






Por mais que um casal homossexual consiga, depois de muito esforço, adotar um filho (o que é permitido apenas em alguns países), já sabe que terá que continuar brigando para ter acesso aos benefícios a que tem direito. Uma declaração inédita publicada nos Estados Unidos, porém, mostra que eles acabam de ganhar um novo aliado nessa luta: a Academia Americana de Pediatria (American Academy of Pediatrics). No documento, divulgado neste mês pela instituição, os pediatras se dizem a favor não só da união entre pessoas do mesmo sexo, mas também de direitos iguais na hora da adoção.

O texto será divulgado na íntegra na publicação oficial da entidade em abril. Chamado de “Promoção do bem estar de crianças cujos pais são gays ou lésbicas”, ele diz, logo no início, que a Academia acredita que “todas as crianças devem ter acesso aos mesmos direitos, independente da orientação sexual de seus pais”.

“Isso reflete uma evolução natural no apoio da AAP às famílias. Se uma criança possui dois pais que a amam e são capazes de criar laços com ela, é de interesse delas mesmas que as instituições governamentais lhes permitam fazer isso”, disse, em nota, Ellen Perrin, co-autora da declaração.

Para criar o documento, a Academia se baseou em uma série de pesquisas e estudos que não encontraram nenhuma relação entre o bem estar das crianças e a orientação sexual de seus pais. O que, de fato, afeta o desenvolvimento dos filhos, segundo eles, são fatores como o nível de estresse e a estabilidade financeira de sua família, os recursos oferecidos na comunidade em que vive, e a exposição a discriminações.

“As crianças prosperam em famílias estáveis que oferecem segurança permanente a elas através do casamento”, disse Benjamin Siegel, outro co-autor. “A AAP acredita que devem haver oportunidades iguais para todos os casais terem acesso a essa estabilidade para criar seus filhos".

Fonte: Revista Crescer

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