Perguntamos aos pais como eles lidam com a divisão entre trabalho e família. Veja o que dizem
Crescer
Desde que as mulheres entraram no mercado de trabalho, elas vivem o dilema (o cansaço e a culpa) de cumprir dupla – ou tripla – jornada. Especialmente aquelas que são mães, que precisam cuidar da casa e dos filhos depois de trabalhar o dia inteiro. E isso acaba gerando uma angústia danada. Quando você está em casa, fica pensando no que precisa resolver no trabalho. Quando está trabalhando, acha que não está sendo mãe o suficiente. Os homens, por outro lado, costumam lidar muito melhor com a divisão desses papéis, são mais descontraídos e menos aflitos.
“Claro”, dirá nossa leitora. “Ele fica mais tranquilo porque sabe que eu vou resolver tudo!”. OK, mãe, você tem um pouco de razão. Mas esse quadro vem se modificando rapidamente nos últimos anos, pois muitos pais estão ocupando um espaço cada vez maior na divisão de tarefas da família. “E os homens estão gostando de ocupar este lugar, sentindo prazer, e não olhando para esses novos desafios como se fosse uma obrigação”, afirma a psicóloga de família Carmen Lúcia Pinheiro.
Agora, com essa nova configuração da vida a três (ou a quatro, cinco...), as mulheres precisam aprender a confiar mais em seus companheiros. “Por muito tempo, nós, mulheres, quisemos a ajuda dos nossos parceiros. Agora que a temos, reclamamos que não está bom. Não está bom ou não-é-do-jeito-que-a-gente-acha-que-só-a-gente-sabe-fazer?”, questiona Carmen Lúcia.
Para provar que as mães também podem aprender com os pais, especialmente quando se trata de dividir o tempo entre filhos e trabalho, reunimos 8 dicas. Eles nos contaram o que aplicam em sua rotina para curtir as crianças, sem deixar de cumprir suas obrigações. Nesta semana do Dia dos Pais, nada mais justo do que parar um pouquinho e ouvir o que eles têm a dizer. Confira!
- Preencha o tempo com sua ilustre presença. A partir do momento que você abre a porta e vê seu filho no sofá assistindo a um desenho, entre no mundo dele e divirta-se. Desconecte-se das suas outras obrigações e faça cada minuto valer a pena. Entregue-se de verdade à companhia dele e curta muito.
Edinei Desiderio, autônomo. Pai de Ágatha, 1 ano e 10 meses.
- Não se culpe tanto por passar algumas horas longe de casa. Com o tempo, os filhos percebem que os pais trabalham por um bom motivo: oferecer a melhor vida possível para a família. Quando a ficha cair, eles darão valor ao seu esforço e também vão compreender que existe prazer no trabalho.
Raphael Massoni, pai de Tarsila, 11 meses.
- Tenha confiança no vínculo que você tem com os seus filhos. Só porque eles vão passar algumas horas com a professora da escola, com a babá ou com a avó não significa que eles vão esquecer de você ou achar que as outras pessoas podem substitui-la, mesmo que eles façam birra para sair de perto delas. Amor de mãe e filho não tem igual!
Thomaz Lira Gomes, jornalista. Pai de Alice, 1 ano.
- Cobre a divisão de tarefas. Mãe também tem o direito de ficar cansada de vez em quando, e isso pode ser dividido com o companheiro. Não tente dar conta de tudo e não hesite em pedir ajuda quando precisar. Família também é trabalhar em equipe.
Thomaz Lira Gomes, jornalista. Pai de Alice, 1 ano.
- Faça pequenos agrados. O pai de duas crianças, uma de 5 e outra de 7, passou dois anos entre o Rio e São Paulo. Antes de viajar na segunda-feira, dava um nó no lençol das crianças, que significava um beijo de despedida. Às vezes, deixava bilhetinhos pela casa, mandava filmes e fazia pequenas surpresas para driblar as saudades. E as estratégias deram certo!
Carmen Lúcia Pinheiro (dica de um paciente)
- Não tenha medo de demonstrar que você também é mãe e esposa no trabalho. Se o seu emprego permitir, não há nada de mal em receber o marido e filho no ambiente de trabalho de vez em quando ou abrir o Skype no seu computador para saber o que o seu filho aprendeu hoje. E quando a criança tiver um problema, e você precisar levá-lo no médico ou chegar um pouco mais cedo em casa, saia sem ficar se remoendo sobre o que vão pensar de você.
In Hsieh, COO da Baby.com.br. Pai de Teo, 3 meses.
- Faça opções de vida que não se transformem em sacrifícios. Ninguém consegue abraçar o mundo. É impossível passar o dia todo ao lado do seu filho e trabalhar ao mesmo tempo. Para levar uma vida com menos culpa, você precisa saber qual o seu ponto de equilíbrio. Se para ficar tranquila você precisa jantar em casa todos os dias, procure um emprego que lhe ofereça essa possibilidade. Se você acha que ser mãe em tempo integral vai deixá-la um pouco frustrada, não abra mão do seu trabalho.
Marcelo Cunha Bueno, educador, pai de Enrique, 1 ano.
- Estenda a sua presença. Alguns objetos e atividades podem fazer a criança sentir que os pais estão próximos dela, mesmo não estão em casa. Um livro que vocês costumam ler juntos, uma brincadeira que você ensinou, uma boneca... Enfim, alguma coisa que desperte sua memória e que possa deixar seu filho mais tranquilo.
Marcelo Cunha Bueno, educador, pai de Enrique, 1 ano.
Fonte: Revista Crecer
Crescer
Desde que as mulheres entraram no mercado de trabalho, elas vivem o dilema (o cansaço e a culpa) de cumprir dupla – ou tripla – jornada. Especialmente aquelas que são mães, que precisam cuidar da casa e dos filhos depois de trabalhar o dia inteiro. E isso acaba gerando uma angústia danada. Quando você está em casa, fica pensando no que precisa resolver no trabalho. Quando está trabalhando, acha que não está sendo mãe o suficiente. Os homens, por outro lado, costumam lidar muito melhor com a divisão desses papéis, são mais descontraídos e menos aflitos.
“Claro”, dirá nossa leitora. “Ele fica mais tranquilo porque sabe que eu vou resolver tudo!”. OK, mãe, você tem um pouco de razão. Mas esse quadro vem se modificando rapidamente nos últimos anos, pois muitos pais estão ocupando um espaço cada vez maior na divisão de tarefas da família. “E os homens estão gostando de ocupar este lugar, sentindo prazer, e não olhando para esses novos desafios como se fosse uma obrigação”, afirma a psicóloga de família Carmen Lúcia Pinheiro.
Agora, com essa nova configuração da vida a três (ou a quatro, cinco...), as mulheres precisam aprender a confiar mais em seus companheiros. “Por muito tempo, nós, mulheres, quisemos a ajuda dos nossos parceiros. Agora que a temos, reclamamos que não está bom. Não está bom ou não-é-do-jeito-que-a-gente-acha-que-só-a-gente-sabe-fazer?”, questiona Carmen Lúcia.
Para provar que as mães também podem aprender com os pais, especialmente quando se trata de dividir o tempo entre filhos e trabalho, reunimos 8 dicas. Eles nos contaram o que aplicam em sua rotina para curtir as crianças, sem deixar de cumprir suas obrigações. Nesta semana do Dia dos Pais, nada mais justo do que parar um pouquinho e ouvir o que eles têm a dizer. Confira!
- Preencha o tempo com sua ilustre presença. A partir do momento que você abre a porta e vê seu filho no sofá assistindo a um desenho, entre no mundo dele e divirta-se. Desconecte-se das suas outras obrigações e faça cada minuto valer a pena. Entregue-se de verdade à companhia dele e curta muito.
Edinei Desiderio, autônomo. Pai de Ágatha, 1 ano e 10 meses.
- Não se culpe tanto por passar algumas horas longe de casa. Com o tempo, os filhos percebem que os pais trabalham por um bom motivo: oferecer a melhor vida possível para a família. Quando a ficha cair, eles darão valor ao seu esforço e também vão compreender que existe prazer no trabalho.
Raphael Massoni, pai de Tarsila, 11 meses.
- Tenha confiança no vínculo que você tem com os seus filhos. Só porque eles vão passar algumas horas com a professora da escola, com a babá ou com a avó não significa que eles vão esquecer de você ou achar que as outras pessoas podem substitui-la, mesmo que eles façam birra para sair de perto delas. Amor de mãe e filho não tem igual!
Thomaz Lira Gomes, jornalista. Pai de Alice, 1 ano.
- Cobre a divisão de tarefas. Mãe também tem o direito de ficar cansada de vez em quando, e isso pode ser dividido com o companheiro. Não tente dar conta de tudo e não hesite em pedir ajuda quando precisar. Família também é trabalhar em equipe.
Thomaz Lira Gomes, jornalista. Pai de Alice, 1 ano.
- Faça pequenos agrados. O pai de duas crianças, uma de 5 e outra de 7, passou dois anos entre o Rio e São Paulo. Antes de viajar na segunda-feira, dava um nó no lençol das crianças, que significava um beijo de despedida. Às vezes, deixava bilhetinhos pela casa, mandava filmes e fazia pequenas surpresas para driblar as saudades. E as estratégias deram certo!
Carmen Lúcia Pinheiro (dica de um paciente)
- Não tenha medo de demonstrar que você também é mãe e esposa no trabalho. Se o seu emprego permitir, não há nada de mal em receber o marido e filho no ambiente de trabalho de vez em quando ou abrir o Skype no seu computador para saber o que o seu filho aprendeu hoje. E quando a criança tiver um problema, e você precisar levá-lo no médico ou chegar um pouco mais cedo em casa, saia sem ficar se remoendo sobre o que vão pensar de você.
In Hsieh, COO da Baby.com.br. Pai de Teo, 3 meses.
- Faça opções de vida que não se transformem em sacrifícios. Ninguém consegue abraçar o mundo. É impossível passar o dia todo ao lado do seu filho e trabalhar ao mesmo tempo. Para levar uma vida com menos culpa, você precisa saber qual o seu ponto de equilíbrio. Se para ficar tranquila você precisa jantar em casa todos os dias, procure um emprego que lhe ofereça essa possibilidade. Se você acha que ser mãe em tempo integral vai deixá-la um pouco frustrada, não abra mão do seu trabalho.
Marcelo Cunha Bueno, educador, pai de Enrique, 1 ano.
- Estenda a sua presença. Alguns objetos e atividades podem fazer a criança sentir que os pais estão próximos dela, mesmo não estão em casa. Um livro que vocês costumam ler juntos, uma brincadeira que você ensinou, uma boneca... Enfim, alguma coisa que desperte sua memória e que possa deixar seu filho mais tranquilo.
Marcelo Cunha Bueno, educador, pai de Enrique, 1 ano.
Fonte: Revista Crecer

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