Bruna Menegueço
Reunir a família para uma partida de tênis... na sala! Com os novos videogames que exigem que o jogador faça movimentos reais, é possível que seu filho queria até mesmo trocar o futebol com os amigos no playground para jogá-lo dentro de casa, certo? Foi justamente por causa dessa tendência que os cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade de Baylor, no Texas, Estados Unidos, publicaram um estudo no jornal científico Pediatrics para descobrir se essa nova modalidade de exercícios equivale à prática de esportes.
Para isso, os pesquisadores entregaram videogames a 78 crianças, entre 9 e 12 anos. Todas estavam acima do peso para a idade. Para a metade dos participantes, foram distribuídos jogos que exigiam movimentos ativos da criança, como dançar ou pular. A outra metade recebeu jogos inativos, ou seja, que poderiam ser jogados por uma pessoa parada e sentada no sofá, por exemplo.
Elas foram acompanhadas durante 13 semanas pelos cientistas. Durante esse período, eles avaliaram os níveis de atividade física dos participantes por meio de um aparelho, que mede a intensidade dos exercícios. As crianças utilizaram o aparelho em quatro períodos diferentes do dia para que os pesquisadores pudessem comparar os jovens em momentos sedentários, em momentos em que jogavam videogame e em outras atividades mais intensas do dia a dia.
Após esse período, os especialistas observaram que o grupo das crianças que receberam os jogos ativos realizou, em média, 25 e 28 minutos de atividades físicas moderadas ou intensas por dia. Esse tempo variou entre 26 e 29 minutos em relação ao grupo dos jogos inativos. Isso revelou que os games que incentivam a prática de movimentos não aumentam a intensidade dos exercícios diários.
“Nós esperávamos que, ao terem acesso a jogos ativos, as crianças apresentariam aumento significativo nos níveis de atividade física diária, mas os resultados nos impressionaram, disse Tom Baranowisk, coordenador do estudo.
Uma das explicações para o resultado, segundo os especialistas, pode ser que, por já terem se exercitado com o jogo, as crianças deixaram de realizar atividades intensas em outros momentos do dia. Isso não significa, no entanto, que você não deve deixar seu filho jogar o videogame que o incentiva a se movimentar mais. Essa é a melhor opção entre todos os games, desde que a criança não abandone outras atividades físicas, combinado?
Fonte: Revista Crescer

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