O método mais adequado depende se você está amamentando e se deseja que sua família cresça mais e quando. Preparamos um guia com as indicações, vantagens e desvantagens das principais opções disponíveis hoje
Daniela Torres
eu bebê chegou e trouxe muitas novidades deliciosas para sua vida. Mas talvez ainda não seja a hora de ter mais um filho. Já pensou se você relaxa bem na hora de retomar a vida sexual e... engravida de novo? Em geral, o casal é aconselhado a não ter relações por 30 dias após o parto para que o organismo da mulher se restabeleça. Esse tempo de resguardo pode variar conforme a sua história de gravidez e parto. Porém, depois é hora de pensar em qual anticoncepcional se adapta melhor ao seu perfil. “Até o sexto mês do bebê, se a mulher amamentar exclusivamente e não menstruar, as chances de engravidar são pequenas, de até 2%”, explica Sérgio Floriano Toledo, diretor da Associação de Ginecologia e Obstetrícia de São Paulo. Isso ocorre pois a sucção do mamilo pelo bebê envia impulsos nervosos ao hipotálamo materno, aumentando a produção de hormônios que suprimem a ovulação. Mas a estatística só funciona quando o leite materno é o único alimento da criança. Para as mães que, por algum motivo, precisam complementar o aleitamento, o risco aumenta. E talvez o anticoncepcional que você usava antes de engravidar não seja o mais ideal. Os contraceptivos hormonais, como pílula e injeções, só são permitidos quando utilizam apenas progestogênios, já que o uso de estrogênio nesse período afeta a quantidade e a qualidade do leite materno. Adesivos, anéis vaginais e pílulas que têm pausa entre as cartelas só existem no Brasil com estrogênio; então, não são opções para as mulheres que amamentam. Conheça mais sobre os métodos disponíveis indicados para essa fase e consulte seu médico antes de decidir qual usar.
DIU (dispositivo intrauterino) sem hormônio: feito de cobre, tem menos de 1% de chance de falhar. Dura até dez anos, pode ser colocado imediatamente após o parto e retirado a qualquer momento por um especialista, mas aumenta o fluxo menstrual. Indicado para quem não quer mais ter filhos ou deseja esperar bastante tempo até o próximo.
Quanto custa: entre R$ 500 e R$ 1 mil
Fertilidade: volta imediatamente após a retirada
DIU (dispositivo intrauterino) com hormônio: libera pequenas doses de progestogênio diretamente no útero e diminui o risco de falhas para 0,2%. Dura até cinco anos, a mulher pode não menstruar ou ter o fluxo bastante diminuído. Indicado para quem não quer mais ter filhos, ou pretenda esperar um bom tempo. Precisa de anestesia local e pode ser colocado no consultório cerca de seis semanas após o parto e retirado por especialista a qualquer momento.
Quanto custa: em torno de R$ 1.800
Fertilidade: de um a três meses após a retirada
Implante: é um pequeno bastão, implantado embaixo da pele do braço, que libera doses de progestagênio. Dura três anos e algumas mulheres sentem uma diminuição da libido. Colocado em consultório, com anestesia local, cerca de seis semanas após o parto, ele pode ser retirado também com anestesia a qualquer momento e tem um dos índices mais baixos de falha: 0,05%.
Quanto custa: cerca de R$ 1.800
Fertilidade: de um a três meses após retirada
Injeções de progesterona: indicado para quem tem anemia ou endometriose, cessa a menstruação e a picada precisa ser tomada a cada três meses. Pode haver retenção de líquido, o que altera o peso. Para quem pensa em ter mais filhos em “médio prazo”. O índice de falha é de 0,3%.
Quanto custa: R$ 20 por injeção, em média
Fertilidade: de três a 12 meses após a última injeção
Diafragma: usado com pomada espermicida, tem vantagem de você decidir sozinha a hora de usar e de parar. Uma espécie de tampão que cobre o colo do útero, precisa ser colocado antes de cada ato sexual e tirado após, no máximo, oito horas. Não altera a libido da mulher e é ideal para quem está preparada desde já para uma nova gravidez, pois o índice de falhas é bastante alto, de 6% ao ser usado com espermicida.
Quanto custa: diafragma, R$ 100; gel espermicida, R$ 20
Fertilidade: não há interrupção da fertilidade
Camisinha: dos métodos nessa fase, é o único destinado ao homem, além de ser o único que também protege de doenças sexualmente transmissíveis. Na fase pós-parto, a mulher tem pouca lubrificação vaginal e pode ser necessário o uso de lubrificante. Tem 2% de índice de falha. Bom para quem quer mais filhos para breve por não interferir no organismo da mulher.
Quanto custa: R$ 3 em média
Fertilidade: não há interrupção da fertilidade
Pílula de progestogênios de uso contínuo: existem as de baixa dosagem (minipílulas) e as de média dosagem, ambas tomadas sem pausas. O índice de falhas é de 1,6%. Melhoram a cólica e a tensão pré-menstrual, mas podem diminuir a libido.
Quanto custa: de R$ 10 a R$ 30
Fertilidade: de um a três meses após interrupção
Fonte: Revista Crescer

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