terça-feira

Quando a criança vai ganhar um irmão

Veja a melhor forma de lidar com essa novidade, a expectativa e o ciúme do mais velho
Cíntia Marcucci e Fernanda Carpegiani


“Agora você vai ter alguém para brincar!” É o que a maioria dos pais dizem para o primeiro filho quando vão ter o segundo. Mas a gente sabe que isso não é verdade, ao menos não no começo. “A criança cria uma expectativa e se frustra, claro, porque o bebê só chora e dá muito trabalho para os pais. Por isso, é importante falar dessa fase, de como o novo irmão nasce bem pequeno e precisa de atenção e cuidados o tempo todo. Mas que depois ele vai crescer, e, aí, sim, brincar com ele”, diz Maria de Fátima Pupo, diretora pedagógica da Escola Girassol (Jaú-SP). Quando o ciúme aparecer, lembre-o de que, mesmo tendo que dividir tudo (principalmente a atenção dos pais), o espaço dele na vida de vocês está garantido. A psicóloga Renata Petrilli, 37 anos, encontrou uma maneira simples e carinhosa de mostrar isso para o filho Vinícius, 7, logo que a irmã Bianca, 4 meses, nasceu. “Eu perguntei se o coração dele estava doendo. Ele disse que não e perguntou por quê. Então eu contei que o meu estava, porque estava aumentando de tamanho, crescendo, para poder caber mais amor dentro dele. Ele riu e entendeu que não ia perder nada.” Apesar de pedir um irmão desde os 5 anos, Vinícius ainda está se acostumando com a ideia de dividir as atenções dos pais. Quando isso acontece, a solução é abrir um espaço exclusivo para ele, tanto com o pai e a mãe quanto com os avós e tios. “Ele adora quando meu marido o chama para jogar futebol no clube. E até brinca: ‘Mas só eu e você, você e eu?’. É importante que ele perceba que tem seu lugar no amor dos pais”, diz Renata.


Fontes: Celia Nakanami, oftalmo-pediatra e chefe do setor de baixa visão e reabilitação visual da Unifesp; Cláudio Santilli, chefe do departamento de ortopedia da Santa Casa (SP); Dóris Rocha Ruiz, odontopediatra da Unifesp; Eliana de Barros Santos, psicóloga, psicopedagoga e diretora pedagógica do Colégio Global (SP); Isabel Pires Bastos, pedagoga; Luiz Celso Vilanova, neuropediatra da Unifesp; Luiz Guilherme Araújo Florence, pediatra e responsável pelo ambulatório de desenvolvimento infantil do Programa Einstein na Comunidade de Paraisópolis (SP); Maria Cristina Capobianco, psicanalista e terapeuta infantil do Instituto Sedes Sapientiae (SP); Maria de Fátima Pupo, diretora pedagógica da Escola Girassol (Jaú-SP); Maria José Nóbrega, professora e assessora de Língua Portuguesa da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo; Mauro Fisberg, nutrólogo especialista em nutrição na infância e na adolescência; Raquel Caruso, psicomotricista, fonoaudióloga e coordenadora da Equipe de Diagnóstico e Atendimento Clínico (EDAC), em São Paulo

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