segunda-feira

Adesivo pode substituir agulhas na hora da vacinação

Cientistas estão desenvolvendo uma “vacina-adesivo” com microagulhas que são menos dolorosas do que o método atual
Raquel Temistocles



Imagine levar seu filho para tomar vacina sem ele chorar, gritar ou correr por medo da dor das agulhas? O sonho de todo pai e mãe está quase se tornando realidade. Cientistas americanos desenvolveram um “adesivo” que possui centenas de microagulhas que se dissolvem na pele e não causam dor.
O estudo foi conduzido por pesquisadores da Emory University e do Georgia Institute of Technology, nos Estados Unidos e o novo método de vacinação foi testado em camundongos. Se a eficácia em humanos for comprovada, será possível que pessoas sem formação médica administrem a vacina, facilitando a imunização de doenças em situações de pandemia.
De acordo com a pesquisa, a “vacina-adesivo” oferece maior imunidade à gripe se comparada com a vacinação com seringas. Pressionadas na pele, as microagulhas rapidamente se dissolvem nos fluidos corporais. Elas são feitas de um material de polímero, que é seguro para uso no corpo. “A pele é um local particularmente atraente para a imunização, pois contém uma grande quantidade de tipos de células que são importantes na produção de respostas imunes às vacinas”, disse Richard Compans, professor de microbiologia e imunologia na Emory University School of Medicine, em entrevista ao Research News & Publications Office, da Georgia Institute of Technology.
Embora o estudo tenha examinado apenas a vacina da gripe com as microagulhas, a técnica deve ser útil para outras vacinas. Se produzidos em massa, os “adesivos” poderão custar aproximadamente o mesmo que as técnicas convencionais de agulha e seringa.
Enquanto a técnica ainda não chega às clínicas de vacinação, o que pode levar alguns anos, veja dicas do que fazer para amenizar o sofrimento dos pequenos.
- Sempre diga a verdade. Evite dizer que não vai doer. É importante que seu filho saiba o que vai acontecer na hora de tomar a vacina e o porquê ele precisa tomá-la. - Para crianças menores, de até 2 anos, a amamentação durante ou após a vacinação pode amenizar o sofrimento do bebê. O prazer da amamentação para o bebê faz o corpo liberar endorfina, dando a sensação de bem estar e relaxamento - Se filho costuma chorar muito ou gritar, distraia ele com brinquedos coloridos durante e após a vacina - Água com açúcar também ajuda na liberação de endorfina, inibindo a transmissão da dor. - E não segure seu filho à força na hora da vacinação. O melhor é esperar alguns minutos, conversar com ele e explicar a situação de modo que ele se sinta seguro.
Fontes: Research News & Publications Office - Georgia Institute of Technology Fabiana Veras, enfermeira do Hospital São Luiz (SP) Ana Paula Hosoda, enfermeira pediátrica do Hospital Santa Catarina (SP)
Revista Crescer

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